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A área abriga confortavelmente cerca de 4 mil pessoas, fica em um ponto de fácil acesso de Salvador e pode receber formaturas, shows e eventos de grande porte. Quem vive em uma cidade carente de espaços para eventos, como a capital baiana, deve ler tudo isso e imaginar: “É o que precisávamos”. Na verdade, nós temos — ou já tivemos, quando o Bahia Café Hall reforçava a cena cultural da cidade e recebia diversos eventos [Leia mais...]
Foto: Tácio Moreira/Metropress
A área abriga confortavelmente cerca de 4 mil pessoas, fica em um ponto de fácil acesso de Salvador e pode receber formaturas, shows e eventos de grande porte. Quem vive em uma cidade carente de espaços para eventos, como a capital baiana, deve ler tudo isso e imaginar: “É o que precisávamos”. Na verdade, nós temos — ou já tivemos, quando o Bahia Café Hall reforçava a cena cultural da cidade e recebia diversos eventos.
O problema é que, desde 2015, após uma batalha judicial que durou anos e terminou com a reintegração de posse por parte do Estado, o espaço segue de portas fechadas e sem nenhuma utilidade para a população.
Dois anos depois, o equipamento parece ser o perfeito exemplo de “filho sem pai”. Em junho de 2015, a Secretaria de Administração do Estado da Bahia, antes responsável pelo local, afirmou que a administração do Bahia Café passaria a ser de responsabilidade da Secretaria de Cultura e, por isso, ainda não se sabia o que seria feito do espaço. Após quatro meses, porém, a gestão foi transferida para a Secretaria de Meio Ambiente. Mudaram as pastas, mas a situação parece ter continuado a mesma: nada resolvido e nem sinal do que será feito no espaço.
Secretaria de Meio Ambiente calada
Conseguir uma informação com a Secretaria de Meio Ambiente sobre as definições que serão tomadas para a área que abrigou o antigo Bahia Café Hall é praticamente impossível. Apesar de inúmeros contatos via e-mail e ligações da equipe de reportagem do Jornal da Metrópole, a assessoria de comunicação do órgão não se pronunciou, mesmo depois das diversas promessas de resposta por parte da pasta liderada pelo secretário Geraldo Reis.
Opção? Wet, Concha e TCA: “É muito difícil”
Empresária e produtora há mais de 30 anos, Irá Carvalho, da Íris Produções, lamentou a falta que o Bahia Café faz à cena cultural do estado. “Era um lugar que já tinha uma aceitação e a gente podia começar o show 22h. Nem todo mundo pode ir a um show 19h, que é o caso da Concha. Ali [Campo Grande] tem muitos prédios, o barulho não pode passar de 21h30”, afirmou ela, que foi diretora artística do Bahia Café.
Irá lembrou que, atualmente, só a Concha Acústica e o Teatro Castro Alves podem receber shows maiores. “A Arena Fonte Nova é mais para show internacional. E nem todos os artistas conseguem lotar os 5 mil lugares da Concha. É muito difícil. São vários problemas que temos hoje pela falta de espaço em Salvador”, reclamou a produtora cultural. Outra possibilidade, o Wet ’n Wild, recai no mesmo problema da Arena: ser um espaço adaptado.
Cidade da música? Só o título
Vocalista do Harmonia do Samba, o cantor Xanddy conversou com Lara Kertész no Metrópole Turismo e criticou a falta de espaços para show, situação que, segundo ele, prejudica a cultura e o entretenimento na cidade. “Dá uma dor no coração. Temos várias outras prioridades, mas isso também deve ser olhado pelas autoridades. Todo lugar do país tem casas incríveis, e não falo para beneficiar a classe [artística] não, mas sim o povo. Que faça jus ao título de cidade da música que Salvador tem”, desabafou o músico.
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