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Antigo “Colégio da Morte”, Zumbi dos Palmares vive revolução através da educação

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Antigo “Colégio da Morte”, Zumbi dos Palmares vive revolução através da educação

A rotina de violência e medo constante ficou no passado do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, no bairro de Tancredo Neves. Em julho de 2012, o Jornal da Metrópole mostrou a realidade do espaço que ficou conhecido como “Colégio da Morte”, com corpos carbonizados encontrados na região da escola e 12 alunos [Leia mais...]

Antigo “Colégio da Morte”, Zumbi dos Palmares vive revolução através da educação

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Bárbara Silveira no dia 22 de novembro de 2015 às 13:39

A rotina de violência e medo constante ficou no passado do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, no bairro de Tancredo Neves. Em julho de 2012, o Jornal da Metrópole mostrou a realidade do espaço que ficou conhecido como “Colégio da Morte”, com corpos carbonizados encontrados na região da escola e 12 alunos assassinados em pouco mais de um ano. “O menino foi fazer um trabalho na casa do colega, que ficava em outra rua. Pisou na rua dos outros, mataram ele lá mesmo”, contou à época um funcionário do colégio que, por motivos de segurança, não teve a identidade revelada.

As grades e cadeados que tentavam garantir a segurança dos alunos deram espaço a portas abertas e ao convite à participação popular na rotina da escola. De acordo com o professor Alex Souza, após a matéria do Jornal da Metrópole, a comunidade entendeu que precisava fazer algo para mudar a realidade do Zumbi dos Palmares. “Os professores se reuniram e começaram a estudar para ver de que forma poderiam melhorar a escola, combater a evasão escolar e incluir questões que fossem além dos conteúdos”, conta.

Medidas reduziram evasão
Onde antes a evasão escolar era um problema, hoje a escola funciona em turno integral, com atividades pedagógicas e diversas opções de esporte e arte. “A gente passou a contar com o projeto Mais Educação, em que a gente aumentou a carga horária de esporte, ofereceu novas modalidades, começamos a trabalhar com teatro, cinema, salas de arte. Temos diversas oficinas”, conta Alex.
Segundo ele, com as novas iniciativas, os alunos começaram a responder a esse processo de mudança. “Hoje, muitos alunos vão de manhã e voltam à tarde para essas oficinas. A gente entendeu que o caminho da mudança seria esse”, falou.

Famílias de alunos mais perto
Apesar de a infraestrutura ainda ser um problema, os casos de violência envolvendo alunos da escola chegaram ao fim. “De lá pra cá, nunca mais a gente teve esses casos de alunos [assassinados] que antes eram comuns. (...) A gente vê muitos pais preocupados, e tem essa coisa de trazer a família mais para perto, para acompanhar”, conta Alex.
Nos finais de semana, é a vez de a comunidade de Tancredo Neves fazer parte da instituição. “Nos fins de semana, funcionam as oficinas para a comunidade. A realidade da violência a gente conhece, sabe que está em toda Salvador, refletindo dentro de todas as escolas”, pondera o professor.

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