Das pessoas capazes de despertar ódio profundo em Elon Musk, pai é o primeiro, revela biografia

"Elon Musk", a muito aguardada biografia do homem mais rico do mundo, escrita por Walter Isaacson, ex-editor-chefe da revista Time, foi lançada nesta terça-feira (12) e já é o livro mais vendido da Amazon nos Estados Unidos. 

Em seu trabalho de mais de 600 páginas, Isaacson descreve o criador da Tesla como um homem atormentado por demônios de infância, obcecado em levar a vida humana a Marte e que exige lealdade total de sua equipe.

Um dos capítulos que mais chamaram atenção de quem teve o privilégio de ler antecipadamento à biografia, é o do relacionamento de Elon Musk com seu pai, Errol Musk — descrito como abusador emocional e fisicamente e mencionado falando depreciativamente dos negros.

“Há certas pessoas que ocupam um canto de demônio na cabeça de Musk. Eles o acionam, o deixam sombrio e despertam um ódio profundo. O pai dele é o número um”, descreve o biógrafo. Para dar uma ideia do trauma que a relação deixou no magnata, Isaacson diz ainda que, segundo depoimento de um amigo do bilionário, quando este foi encontrar o pai em 2016, pode perceber fisicamente o impacto que a mera presença paterna tem sobre ele: “Foi a única vez que vi as mãos de Elon tremendo”.

Para a analista de tecnologia americana Kara Swisher, o livro revela a história de um “filho triste e inteligente que lentamente se transforma no pai mentalmente abusivo que ele odeia”. E conclui: “Ele muitas vezes está certo, às vezes está errado, mas sempre é uma pessoa mesquinha”.

A biografia também aprofunda temas como a compra intempestiva e vingativa do Twitter, a rivalidade com Bill Gates, o desprezo por Donald Trump e o relacionamento de Musk com a Integência Artificial.