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Apesar da perda de receita, trade turístico concorda com não realização do Réveillon em Salvador 

Economia

Apesar da perda de receita, trade turístico concorda com não realização do Réveillon em Salvador 

Representantes da Salvador Destination e Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) pontuam que não é o momento para "grandes eventos"

Apesar da perda de receita, trade turístico concorda com não realização do Réveillon em Salvador 

Foto: Jefferson Peixoto/Secom

Por: Tailane Muniz no dia 29 de novembro de 2021 às 12:20

O trade turístico da capital baiana é favorável à decisão do prefeito Bruno Reis (DEM) pela não realização do Festival da Virada, o tradicional Réveillon de Salvador. O evento, realizado há quatro anos na Arena Daniela Mercury - área do Centro de Convenções, na Boca do Rio -, figura como uma das principais festas do calendário da cidade, mas, neste ano, não vai acontecer devido ao cenário de incertezas quanto à segurança sanitária.

A decisão, anunciada por Reis nesta segunda-feira (29), foi tomada com prudência, defende o presidente da Salvador Destination, Roberto Duran. Ao Metro1, ele afirma que por mais que o evento seja bom para a economia, o melhor é garantir que não haja, no futuro, a necessidade de retomar medidas restritivas, como o fechamento total ou parcial do comércio. "Diante da situação que estamos acompanhando, sobre a disseminação de uma outra variante no mundo, é essencial evitar grandes aglomerações".

Duran diz ainda que, no lugar do prefeito, diria não também ao Carnaval — mesmo que a consequência envolva certa perda da receita financeira, já que o Carnaval de Salvador movimenta milhões em dinheiro e turistas.

"Não é o momento para realizar uma festa daquela magnitude. É melhor que sejamos prudentes agora. Avançamos muito a economia até aqui e não acho que seja válido arriscar". Ao anunciar a não realização do Réveillon, Bruno Reis voltou a afirmar que o futuro da folia de fevereiro será definido junto ao governador da Bahia, Rui Costa (PT).

A manutenção da economia local é citada como prioridade pelo o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Jean Paul Alfred Philippe Gonze. À reportagem, Paul referencia a saúde pela defesa de que não haja Réveillon nem Carnaval. "Nós estamos pela vida. E a gente também não quer que aconteça outro lockdown ou coisa parecida. Se isso acontecer, muito mais gente vai falir", pontua.

Para Paul, a Ômicron, nova variante identificada na África do Sul, é um risco iminente. "Não quero nem imaginar essa nova cepa chegando aqui. Acho que toda medida cautelar é válida agora". Com suas palavras, Alfred reforça que uma semana de Carnaval pode custar um ano de hospitais cheios e, no mais brando dos cenários, a economia parada.