Economia
Binarybit: fundador culpa sócios e diz que negócio vai continuar
“Nunca entreguei rentabilidade negativa”, garante Ricardo Toro, fundador da empresa
Foto: Reprodução / Youtube
Funador da Binarybit, empresa de operação financeira que hoje é acusada de aplicar golpes em clientes, Ricardo Toro culpa os sócios pelo desacerto nos negócios. Ontem (22), um grupo protestou em frente ao prédio onde ele mora, em Salvador. Segundo relatos recebidos pelo Metro1, a equipe da empresa não tem feito o repasse dos valores investidos e nem mesmo do lucro prometido.
“Quando as pessoas buscam os direitos delas, elas buscam de qualquer forma. A empresa não falou que acabaram as operações. É um momento difícil, mas eu não era responsável por gestão financeira. Todo tempo eles [os sócios] me passavam que estava tudo certo e eu alimentei a rede com essas crenças”, afirmou, ao Metro1.
Ainda de acordo com Toro, todo valor devido aos clientes será devolvido. Por outro lado, ele afirma não saber ao certo o montante devido. “Estou trabalhando nesse levantamento hoje”, disse. Segundo o empresário, a plataforma tinha 63 mil associados e cada um tinha um depósito mínimo de US$ 100.
Rentabilidade sempre positiva – A Binarybit entregava diariamente, segundo Ricardo Toro, uma rentabilidade que variava de 0 a 3%. O valor é bastante distante dos praticados por grandes players do mercado financeiro comum, que eventualmente amargam até cenários negativos.
“Nunca entreguei rentabilidade negativa”, garante Toro. Para fins de comparação, a taxa Selic, que é a base do juros cobrados no país, está em 5,5%, o que dá uma rentabilidade diária de 0,02%.
Apesar dos protestos, Toro afirma que não irá se mudar e nem mesmo trocar de telefone. “Essa é a cidade que eu cresci, que eu amo. Vou reforçar minha segurança”, garantiu.
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