Auxílio reduz extrema pobreza ao menor nível em 40 anos, diz FGV
Segundo o economista Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV e autor dos cálculos, o auxílio tem forte impacto na extrema pobreza por seu alcance e valor elevado
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Por Kamille Martinho no dia 28 de Julho de 2020 ⋅ 14:00
A disponibilização do auxílio emergencial para quase metade da população possibilitou que proporção de pessoas vivendo abaixo da linha de extrema pobreza atingisse a sua menor marca em, pelo menos, 40 anos, segundo um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O estudo mostra que 3,3% da população vivia em junho com renda domiciliar per capita de US$ 1,90 por dia - o equivalente a R$ 154 mensais por membro da famílias. São 6,9 milhões de pessoas.
Um mês antes, em maio, a proporção da população vivendo abaixo da linha de extrema pobreza era de 4,2%, o equivalente a 8,8 milhões de pessoas, conforme o levantamento, que se baseou na Pnad Covid, pesquisa do IBGE que acompanha os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro.
O economista Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV e autor dos cálculos, acrescentou que o auxílio tem forte impacto na extrema pobreza por seu alcance e valor elevado, de R$ 600 mensais. Em uma família de três pessoas, por exemplo, o valor per capita do benefício seria de R$ 200, acima da linha de pobreza extrema.