Editorial
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MK reage a decisões do governo federal na pandemia: 'Indignação muito grande'; ouça
Em comentário na Rádio Metrópole, Mário Kertész ainda ironizou o tardio reconhecimento da vitória de Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, por parte do chefe do Executivo brasileiro, Jair Bolsonaro
Foto: Matheus Simoni / Metropress
Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (16), Mário Kertész demonstrou indignação com as últimas decisões do governo federal e as declarações do presidente Jair Bolsonaro. Citando um texto publicado ontem (15) nas redes sociais pela historiadora Lilia Moritz Schwarcz, ele ressaltou que a indignação é "fundamental" no atual contexto brasileiro.
"Eu acho que qualquer pessoa que tenha um mínimo de decência neste país sente vergonha. Às vezes tem gente que confunde a minha indignação... Porque eu confesso que eu vivo indignado com o Brasil, com o que está acontecendo. Amo esse país, não quero sair daqui, mesmo tendo toda a condição de sair. Mas eu tenho vergonha, e essa vergonha me deixa indignado. Não estou disseminando ódio, nem quero. Mas a indignação é fundamental! Não é possível! (...) Meu coração não quer destilar ódio nem violência, mas a indignação é realmente muito grande! Seria mesmo necessário a gente ter mais de 181 mil mortes no Brasil, e agora crescendo de novo? Claro que não! E ainda dizem que é a mídia que fica fazendo escândalo. É um negócio terrível, sabe?", comentou.
MK ainda ironizou o tardio reconhecimento da vitória de Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, por parte do chefe do Executivo brasileiro, Jair Bolsonaro.
"Eu tenho uns amigos que moram em Washington D.C., que disseram que finalmente o presidente eleito Joe Biden dormiu tranquilo depois que Bolsonaro, nosso eminente presidente brasileiro, ter reconhecido a vitória dele nas eleições. Foi um alívio geral. A partir daí eles começaram a preparar a cerimônia de posse no dia 20 de janeiro. (...) Agora, eu estava vendo no jornal O Estado de S. Paulo de hoje, o embaixador dos EUA aqui no Brasil estava orientando o presidente e o Itamaraty a não reconhecer a vitória. A gente tem que dar risada mesmo, porque se aborrecer não adianta banana nenhuma, literalmente", debochou.
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