
Editorial
Mário Kertész critica articulação que viabilizou aprovação do PL da Dosimetria: "um acordo absurdo"
Comentário foi feito nesta sexta-feira (19), no Jornal da Metropole no Ar

Foto: Metropress
A aprovação do PL da Dosimetria no Senado Federal e as articulações para isso voltaram a ser alvos de críticas de Mário Kertész nesta sexta-feira (19). No Jornal da Metropole no Ar, o comunicador disse ter desprezo e nojo pelo Congresso Nacional e classificou como “absurdo” o acordo para aprovação do projeto.
“Primeiro tentaram a anistia. Não deu. Então, a dosimetria, ‘a forma de pacificação’, disse o mordomo de filme de terror, ex-presidente da República. Inacreditavelmente, o texto passou rápido pela Câmara, presidida por Huguinho. E chegou ao Senado. Lá, o senador Otto Alencar, presidente da CCJ, disse que não ia passar rápido. Ele chegou no plenário a falar contra o presidente Davi Alcolumbre, que não queria nem que fosse à Comissão de Constituição e Justiça. Foi”, iniciou Mário Kertész relembrando o passo a passo até a aprovação.
MK detalhou ainda que havia inicialmente um acordo para que fosse pedido vista de cinco dias para que o projeto fosse analisado e votado apenas no próximo ano. “Mas aí, entrou o grande acordo. O senador Alessandro Vieira de Sergipe chama isso de Lava Xandão - porque foi feito com a participação, conhecimento e autorização do ministro Alexandre Moraes; inacreditável, mas aconteceu”.
“Segundo Alessandro Vieira, Jaques Wagner, líder do governo no Senado, sem consultar o presidente ou a ministra Gleisi Hoffmann, adota na CCJ e depois com senadores um acordo de procedimento para aprovar a Dosimetria e com isso aprovar também o aumento dos impostos das bets e fintchs, e ainda adoçar o bico de alguns senadores que não querem a indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal. Tudo ficou claro, tudo ficou denunciado”, afirmou MK.
O presidente Lula, que vem indicando um possível veto à Dosimetria, chegou a reagir a essas denúncias e afirmou que, se ele não teve conhecimento da articulação, não era um acordo.
“Ele vai vetar, e o veto vai ser derrubado e encaminhado ao Supremo. E aí? Se o relator Alexandre Moraes concordou com tudo? Então, aquilo que parecia uma glória para o Brasil, que nunca tinha vivido isso de colocar na cadeia aqueles que tentaram seriamente contra a democracia, não será mais", pontuou MK. "Nós sonhamos, o Brasil é esse aí. Mas está em nossas mãos, porque no próximo ano, nós vamos eleger o presidente da República, os senadores, os deputados federais, estaduais e governadores”, finalizou.
Confira o comentário:
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