
Editorial
Sem candidato definido, PT deixa caminho livre para Bruno Reis e coloca em risco eleição de 2026; ouça editorial de MK
O apresentador relembrou que tradicionalmente o PT escolhe três candidatos na tentativa de levar a disputa pela prefeitura da capita para um segundo turno, mas o grupo perdeu em todos os pleitos

Foto: Reprodução/Youtube
O âncora da Rádio Metropole, Mário Kertész comentou, no Jornal da Bahia no Ar desta quinta-feira (26), as articulações para os candidatos à prefeitura de Salvador em 2024 e as notícias que circularam nos últimos dias sobre o assunto. Para MK, não há dúvidas de que já há um candidato forte e com amplas condições de vitória: o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União). Já o PT, caso não defina logo um nome competitico tem, segundo o âncora, novamente grandes chances de não chegar muito longe na disputa pela prefeitura, o que, lembra MK, seria um problema inclusive para a tentativa de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em 2026.
O apresentador relembrou que tradicionalmente, desde que o PT chegou ao governo do estado, o partido escolhe três candidatos na tentativa de levar a disputa pela prefeitura da capita para um segundo turno. Mas o grupo perdeu em todas os pleitos, desde 1985, quando teve a primeira eleição direta para prefeito de Salvador. Agora, a tendência é que o mesmo ocorra.
“Bruno Reis vai marchando tranquilo. Eu acho que PT e partidos vão montar uma chapa pra cumprir tabela, ajudar a eleger vereadores e pronto. Só que isso não é tão aritmético, isso tem consequências importantíssimas, mas como não se chega a nenhum acordo. Geraldo Jr., que teve um papel importantíssimo na campanha de 2022, é quem está na melhor posição de todos. Vice-governador tem mais três anos de mandato, não vai ficar brigando. Cadê um candidato que tenha condições de ter voto em Salvador?”, questionou.
O apresentador classificou as pré-candidaturas lançadas pelo grupo até aqui como brincadeira. “Lança-se um deputado estadual absolutamente inexpressivo e sem votos, Robinson Almeida. Antes dele, o presidente da Conder, que prestou e presta um serviço importante ao governo inclusive durante o período eleitoral, seria o preferido de Rui Costa. Em um determinado momento alegou motivo de saúde e caiu fora, também do ponto de vista eleitoral seria difícil. Ele não conseguiu se eleger vereador”, afirmou.
Além deles, MK citou também a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) e a pré-candidatura de Pastor Sargento Isidório, que vem perdendo votos nas últimas eleições e não conseguiu sequer eleger um dos filhos para a Câmara de Salvador. Sobre o partido comunista, MK acredita que essa briga por uma candidatura tem outros interesses por trás: uma vaga no Tribunal de Contas do Municipio para um integrante da sigla. “Isso tudo é para poder negociar bem”, afirmou.
Na última semana, repercutiu em alguns veículos de imprensa a informação de que o senador Jaques Wagner e o governador Jerônimo Rodrigues já haviam batido o martelo sobre o nome do vice-governador (MDB) Geraldo Jr. como candidato do grupo. “No fim de semana passado, Jaques Wagner tenta repetir lá a operação que fez aqui na rádio, quando definiu o desenho da chapa em 2022. Conversa com Jerônimo, chega à conclusão de que o candidato deles é Geraldo Jr. e tenta avançar e até marcar o dia que seria anunciado, mas isso, claro, teria que ficar em silêncio até que tudo fosse amarrado, sobretudo com Rui Costa. Mas acontece que nesse petit comitê que se formou para decidir, deveria ter alguém que de sacanagem vazou para a imprensa. Um jornalista que a vida toda só fez descer cacete em Geraldo Jr. disse que foi tudo acertado. Resultado, desmancha tudo, zerou”, contou.
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