Editorial
MK reage à violência na CMS durante protesto de servidores: “Despertou em mim profunda repulsa”

Em convite enviado a MK, a própria assessoria reconhece a importância do âncora do Grupo Metrópole com a história de Verger e do Benin, mas omite o nome de Arlete Soares
Foto: Tácio Moreira / Metropress
A comemoração de 30 anos da Fundação Pierre Verger e da Casa do Benin, infelizmente, ficará marcada por um ato de desrespeito a uma das mais importantes incentivadoras do cultivo destas histórias em Salvador: Arlete Soares. Em uma completa demonstração de desrespeito, a direção da fundação tenta apagar Arlete da história que ela mesma ajudou a escrever.
Convidado para participar das ações, Mário Kertész ficou indignado ao saber dos fatos. “Não sei por qual razão, se inveja, mal querer, seja o que for, o nome de Arlete está sendo omitido das homenagens. Ela foi na primeira missão que mandei ao Benin, na época presidida por Roberto José Gabriel Dias. Depois ela foi comigo na segunda missão, em que Pierre Verger, Carybé e Gilberto Gil foram. Fomos recebidos pelo presidente da República, depois veio uma missão do Benin aqui [Em Salvador]. […] Arlete foi a pessoa mais importante, muito mais do que eu, que era o prefeito, eu quero avisar que não aceito participar das homenagens. Não estarei presente”, avisou.
MK lembrou ainda da história que tem com Pierre Verger e da importância da Casa do Benin para a cultura de Salvador. “A Casa do Benin foi construída por mim, quando fui prefeito, que fui ao Benin com Verger, com Carybé, Gilberto Gil, Mão Stella e alguns vereadores. E Pierre Verger, eu ajudei a preservar um riquíssimo acervo dele. Eu mandei buscar na França um filme dele que estava se perdendo. Eu estava vendo fotografias de quando fiz uma homenagem a ele. Consegui que a Câmara desse um título a ele, fiz uma exposição dele no Palácio da Aclamação. Agora, a pessoa mais importante neste processo de aproximar Pierre de mim, prefeito, de eu lutar para preservar o acervo, a pessoa que editou o primeiro livro, em português, de Verger foi a editora Corrupio, de Arlete Soares”, lembrou.
Em convite enviado a MK, a própria assessoria reconhece a importância do âncora do Grupo Metrópole com a história de Verger e do Benin, mas omite o nome de Arlete. “Gostaríamos muito de envolver o Dr. Mário Kertesz, pessoalmente, e o grupo Metrópole, claro, nestas comemorações, haja vista que ele e Verger tiveram alguma relação de proximidade: Verger fez parte da comitiva de artistas ‘baianos’ levados pelo dr. Mário à África na época em que ele era prefeito de Salvador; a Casa do Benin foi idealizada por Verger e criada por Mário na mesma época, tendo Gilberto Gil à frente da Fundação Gregório de Mattos; o atual presidente da Fundação Pierre Verger, dr. Gilberto Sá, foi colega de escola dos irmãos do dr. Mário; Eliana Kertesz, à época esposa do dr. Mário, foi conselheira da Fundação Pierre Verger... Enfim, diversos pontos ligam o Dr. Mário à história da Fundação”.
O comunicador finalizou ainda dizendo que não compactua com “mesquinharia”. “Quero que fique bem claro. Se vocês são mesquinhos, problemas de vocês. Estou fora, embora tenha feito tudo isso com enorme alegria e incentivado por Arlete”.
Assista o comentário completo:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.