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Brasileiros estão 'insensíveis' à tragédia da pandemia, diz MK; ouça

Editorial

Brasileiros estão 'insensíveis' à tragédia da pandemia, diz MK; ouça

Mário Kertész também criticou a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, às instalações da Operação Acolhida

Brasileiros estão 'insensíveis' à tragédia da pandemia, diz MK; ouça

Foto: Matheus Simoni / Metropress

Por: Metro1 no dia 21 de setembro de 2020 às 08:37

Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (21), Mário Kertész voltou a falar sobre a situação da pandemia no Brasil e os acontecimentos políticos do governo de Jair Bolsonaro.

"Acho que nós, brasileiros, de um modo geral, estamos naquela circunstância de médico de pronto-socorro. O sujeito todo dia que trabalha, vê miséria de tudo quanto é jeito. Ele acaba se acostumando, aquilo passa a ser uma coisa normal. É um negócio inacreditável isso que tá acontecendo. No Brasil... As pessoas estão insensíveis a isso! Acreditando que a pandemia no Brasil já acabou. Ótimo que ela diminuiu, e diminuiu mesmo. Mas ninguém sabe. Todas as pessoas que entendem disso, grandes médicos, infectologistas, pneumologistas, dizem que ninguém conhece exatamente o que é que a Covid faz. (...) Mas a gente vai ter que conviver com isso. E ao mesmo tempo vamos ter que conviver agora, e quem sabe até mais tempo, com tanta mentira desse governo Bolsonaro. Falam com a maior tranquilidade, sem nenhum tipo de limite. Quem gosta continua gostando, quem não gosta... E adianta o quê? Nada. E la nave va, e o barco vai sendo tocado até a eleição. Eu não duvidaria da possibilidade de uma reeleição, assim como tenho muito receio de uma eleição de Donald Trump", disse.

MK também criticou a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, às instalações da Operação Acolhida, que recebe imigrantes venezuelanos pela fronteira de Roraima. A vinda do representante norte-americano provocou reações negativas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de seis ex-chanceleres, que classificaram o evento como uma afronta às tradições de autonomia da diplomacia brasileira. "Ele vem pra cá, rapaz, é estranhíssimo como essas coisas acontecem, mas acontecem e estão acontecendo. E cada dia... Esse é que é o novo normal. Se fala muito do novo normal, que será nossa vida quando a gente começar a voltar progressivamente às nossas atividades. O novo normal da gente, pra mim, e acho que esse novo normal é péssimo, é estarmos cada vez mais nos acostumando com a nossa democracia sendo esmagada", pontuou.

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