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'Se não faz transformação econômica, esqueça', diz Bellintani sobre protagonismo nacional
Ele fez um breve retrospecto dos últimos 30 anos, depois que o Bahia foi campeão, mas não se adaptou à mudança no perfil do futebol brasileiro.

Foto: Tácio Moreira/Metropress
O presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, disse, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (16), que é possível que os clubes baianos tenham bons resultados em campeonatos nacionais por meio de reestruturação econômica.
Ele fez um breve retrospecto dos últimos 30 anos, depois que o Bahia foi campeão, mas não se adaptou à mudança no perfil do futebol brasileiro. "Na década de 80, vários times tinham chance de ser campeão brasileiro, porque o dinheiro que tinham era da torcida, da bilheteria, patrocínio mal pagava alguma coisa. Na década de 90, veio o 'fenômeno Parmalat' no Palmeiras, uma série de outras coisas, começou a mudar a economia do futebol e o Bahia não acompanhou isso. O Vitória, por exemplo, conseguiu virar um clube maior porque conseguiu se antecipar nesse movimento de marketing e inovação no futebol. O Bahia foi muito sofrido por administrações muito ruins", explica.
"Nos anos 2000, o Vitória voltou um pouco ao que era antes, no sentido de não se modernizar, e o Bahia continuou se afundando. Hoje ambos os clubes tem missão clara de se retomar como protagonistas nacionais e o nome disso é dinheiro, não tem jeito. Futebol se faz com dinheiro. Se você não faz transformação econômica no clube, esqueça. Não vai ter como", completou.
Ele diz que é necessário um "trabalho longo", de cinco e dez anos, de restruturação econômica, para tenha orçamento maior e fique menos dependente de orçamento de TV. "Como eu falei, a camisa da marca esquadrão. Antes a gente recebia R$ 800 mil por ano de royaltie de camisa. Esse ano entre royaltie e loja, a gente vai para R$ 5 milhões de lucro líquido. Esse movimento faz com que o clube aumente o orçamento e vire um clube maior", defende.
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