Quarta-feira, 02 de julho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Esportes

/

'Se não faz transformação econômica, esqueça', diz Bellintani sobre protagonismo nacional

Esportes

'Se não faz transformação econômica, esqueça', diz Bellintani sobre protagonismo nacional

Ele fez um breve retrospecto dos últimos 30 anos, depois que o Bahia foi campeão, mas não se adaptou à mudança no perfil do futebol brasileiro.

'Se não faz transformação econômica, esqueça', diz Bellintani sobre protagonismo nacional

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 16 de maio de 2019 às 08:46

O presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, disse, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (16), que é possível que os clubes baianos tenham bons resultados em campeonatos nacionais por meio de reestruturação econômica. 

Ele fez um breve retrospecto dos últimos 30 anos, depois que o Bahia foi campeão, mas não se adaptou à mudança no perfil do futebol brasileiro. "Na década de 80, vários times tinham chance de ser campeão brasileiro, porque o dinheiro que tinham era da torcida, da bilheteria, patrocínio mal pagava alguma coisa. Na década de 90, veio o 'fenômeno Parmalat' no Palmeiras, uma série de outras coisas, começou a mudar a economia do futebol e o Bahia não acompanhou isso. O Vitória, por exemplo, conseguiu virar um clube maior porque conseguiu se antecipar nesse movimento de marketing e inovação no futebol. O Bahia foi muito sofrido por administrações muito ruins", explica.

"Nos anos 2000, o Vitória voltou um pouco ao que era antes, no sentido de não se modernizar, e o Bahia continuou se afundando. Hoje ambos os clubes tem missão clara de se retomar como protagonistas nacionais e o nome disso é dinheiro, não tem jeito. Futebol se faz com dinheiro. Se você não faz transformação econômica no clube, esqueça. Não vai ter como", completou. 

Ele diz que é necessário um "trabalho longo", de cinco e dez anos, de restruturação econômica, para tenha orçamento maior e fique menos dependente de orçamento de TV. "Como eu falei, a camisa da marca esquadrão. Antes a gente recebia R$ 800 mil por ano de royaltie de camisa. Esse ano entre royaltie e loja, a gente vai para R$ 5 milhões de lucro líquido. Esse movimento faz com que o clube aumente o orçamento e vire um clube maior", defende.