Reforçando crítica do Itamaraty, Lula diz que veto a candidata venezuelana é grave

O veto da Venezuela à candidatura da opositora Corina Yoris foi chamado de "grave" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista afirmou que não há justificativa política ou jurídica para se proibir um adversário de disputar eleições. A declaração, feita em encontro com jornalistas no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (28), reforça as críticas feitas pelo Itamaraty nesse mesmo sentido.

Yoris foi indicada para a disputa pela principal líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, inabilitada a concorrer a cargos públicos por 15 anos. O petista ainda fez uma comparação com sua situação em 2018, quando, preso no âmbito da Lava Jato, foi proibido de concorrer por decisão da Justiça Eleitoral, mas pôde designar Fernando Haddad como seu candidato.

O comentário de Lula sobre o tema aconteceu após o encontro bilateral com o presidente francês, Emmanuel Macron. Os dois chefes do Executivo assinaram acordos de cooperação. Depois, eles seguiriam para o Itamaraty, onde um almoço em homenagem ao francês estava programado. À tarde, Macron teria um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e encerraria sua visita ao Brasil.