
Internacional
China defende Brasil e define taxa de Trump como “intimidação”
Taxação de 50% entra em vigor em agosto, afetando produtos como aço e alumínio

Foto: Ricardo Stuckert/PR
A China saiu em defesa do Brasil, nesta sexta-feira (11), e criticou a decisão de Donald Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, considerando-a uma forma de "intimidação". Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, lembrou que a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) defende a "igualdade soberana e a não interferência nos assuntos internos de outros países". Ela afirmou que tarifas não devem ser usadas como instrumentos de coerção ou intromissão externa.
A China já havia se posicionado contra o aumento das tarifas, destacando que não há vencedores em guerras comerciais e que o abuso de tarifas prejudica a todos. A medida de Trump contra o Brasil é uma continuação das ameaças comerciais feitas ao longo de seu mandato, especialmente ao grupo Brics. O presidente norte-americano também afirmou que o Brasil não está "sendo bom" para os EUA, o que pode resultar em novas taxações.
Com a imposição da tarifa de 50%, o Brasil se tornou o país com a maior taxa entre as 22 anunciadas por Trump, a ser aplicada a partir de 1º de agosto. Em abril, o país já havia enfrentado uma tarifa de 10% sobre seus produtos. O novo tarifário também impactará produtos como aço e alumínio.
Trump começou a enviar cartas a 22 países, notificando-os sobre a implementação das novas tarifas, que variam de 20% a 50%. As Filipinas foram as únicas a receber a tarifa mais baixa, de 20%, enquanto o Brasil enfrentou a maior, de 50%.
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