Netanyahu reage a reconhecimento do Estado Palestino e ameaça retaliações

O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu com veemência à onda de países que passaram a reconhecer a Palestina como Estado durante a Assembleia Geral da ONU, que celebra 80 anos nesta terça-feira (23). “Não haverá Estado Palestino”, declarou.

Segundo Netanyahu, a expansão dos assentamentos na Cisjordânia “dobrou e prosseguirá”. Ele também prometeu uma resposta ao movimento internacional: “A resposta à mais recente tentativa de nos impor um Estado terrorista no coração da nossa terra será dada após o meu retorno dos EUA. Aguardem”.

O endurecimento ocorre após o reconhecimento da Palestina por aliados históricos de Israel, como Reino Unido e França, o que reforça o isolamento diplomático do governo israelense e deixa os EUA como o único membro do Conselho de Segurança a apoiar Tel Aviv.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, colono e aliado de Netanyahu, defendeu a anexação de 82% da Cisjordânia em reação ao aval mundial. Especialistas apontam que uma medida assim poderia enterrar os Acordos de Abraão, assinados sob patrocínio do primeiro governo Trump.