Israel retoma cessar-fogo em Gaza após bombardeios que deixaram mais de 100 mortos

O Exército israelense anunciou nesta quarta-feira (29) que retomou o cessar-fogo na guerra em Gaza contra o grupo Hamas, após uma série de bombardeios que deixaram ao menos 104 palestinos mortos.

Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que os ataques miraram “dezenas de alvos terroristas e posições de comando” do Hamas e que “o cessar-fogo será mantido, mas qualquer violação será respondida com firmeza”. O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que “não haverá imunidade para nenhuma liderança do Hamas”, incluindo negociadores baseados no Catar.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, os ataques iniciados na terça-feira (28) também deixaram 253 feridos. Entre os mortos, 66 são mulheres e crianças.

O premiê Benjamin Netanyahu ordenou os novos bombardeios em resposta ao que chamou de violações do acordo por parte do Hamas, entre elas, ataques a tropas israelenses e a demora na entrega dos corpos de 13 reféns israelenses. O grupo nega as acusações e, por sua vez, responsabiliza Israel pelas quebras do cessar-fogo.

Mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o acordo previa o fim das hostilidades desde o início de outubro. Apesar dos novos ataques, Trump afirmou que “o cessar-fogo não está em risco” e que “o Hamas precisa se comportar”.

Esta foi a segunda vez que Israel interrompeu temporariamente a trégua desde o fim oficial da guerra, a primeira ocorreu em 19 de outubro, também com dezenas de mortos.