Suspeitos de roubo de joias do Louvre admitem parcialmente envolvimento, diz promotoria francesa

Os dois homens presos no último sábado (25) suspeitos de participar do roubo de joias do Museu do Louvre, em Paris, “admitiram parcialmente” o envolvimento no crime, informou nesta quarta-feira (29) a procuradora Laure Beccuau, responsável pelo caso. As joias ainda não foram encontradas.

Segundo Beccuau, os investigadores mantêm o sigilo sobre a caçada aos outros dois cúmplices que continuam foragidos e não descartam a possibilidade de haver mais pessoas envolvidas. “Ainda guardo a esperança de que as joias possam ser encontradas e devolvidas ao Louvre e à nação. Quem comprá-las será culpado de receptação. Ainda está em tempo para restituí-las”, afirmou.

Foram levadas nove joias da coroa francesa, das quais apenas uma, a coroa da imperatriz Eugênia, foi recuperada, abandonada perto do local do crime.

Os dois detidos, moradores de Aubervilliers, na periferia norte de Paris, foram identificados por vestígios de DNA deixados nas scooters usadas na fuga e em objetos encontrados próximos ao museu.

O primeiro suspeito, argelino de 34 anos, foi preso no aeroporto Charles de Gaulle com uma passagem só de ida para a Argélia. Ex-lixeiro e entregador, estava desempregado e já tinha condenações por roubo e infrações de trânsito. O segundo, francês de 39 anos, trabalhava como motorista de táxi clandestino e também tem duas condenações por roubo. Ele foi preso perto de casa, e a polícia negou que planejava fugir para o Mali.

De acordo com a procuradora, não há indícios de envolvimento de funcionários do Louvre. As autoridades usaram um “trabalho minucioso e monumental” de análise de câmeras de segurança para reconstituir a fuga dos criminosos, que usaram uma camionete roubada na cidade de Louvres e duas scooters para deixar o local.

Os dois suspeitos permanecem presos, enquanto os comparsas seguem foragidos.