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Jornal Metropole relembra prédios históricos com risco estrutural no bairro do Comércio
Antigo centro empresarial da cidade, o bairro já soma 259 imóveis com risco de desabamento
Foto: Metropress/Filipe Luiz/Leitor Metro1ReproduçãoGoolge Streat
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 10 de julho de 2025
A série Prego do Jornal Metropole relembra, nesta semana, prédios históricos abandonados ou com risco estrutural no bairro do Comércio. Antigo centro empresarial da cidade, o bairro já soma 259 imóveis com risco de desabamento. Entre eles, 18 são considerados com grau muito elevado de risco. O número foi levantado e fornecido pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) à reportagem do Metro1.
Instituto do Cacau
Mesmo tombado pelo PAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia) e em processo de tombamento federal, o Instituto do Cacau apresenta pichações, infiltrações e sinais de deterioração, apesar de já ter passado por obras de recuperação. A manutenção é de responsabilidade da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e dos órgãos públicos que ainda funcionam no local, como o SAC e o Restaurante Popular, mas não há clareza sobre a periodicidade das intervenções. Símbolo da era de ouro da cultura cacaueira e único representante da arquitetura alemã em Salvador, o prédio hoje acumula mofo, descaso e incertezas sobre seu futuro.
Restaurante Cólon
O Restaurante Cólon é mais um que fechou no bairro do Comércio. Em 2021 após 107 anos de história, os proprietários anunciaram o encerramento das atividades sob lamentação dos clientes mais tradicionais. Fundado em 1914 por um imigrante espanhol e frequentado por figuras icônicas da cultura baiana, o tradicional restaurante não resistiu à combinação da queda no movimento pós-pandemia, da evasão do público que antes circulava pela região e da falta de preservação de seu entorno. A casa onde funcionava o restaurante chegou a ser interditada pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), por conta da estrutura precária. Após desabamento ocorrido em janeiro de 2024, foi realizada demolição parcial da estrutura, mas ainda há indícios de que ela pode ruir.
A Lâmpada
O edifício onde funcionou a tradicional loja A Lâmpada, no Comércio, está há anos em risco de desabamento. O caso já vem sendo denunciado pelo Jornal Metropole e a coluna Metropolítica. Mesmo com laudos da Defesa Civil alertando para o agravamento das condições estruturais, a única medida adotada foi a colocação de tapumes e a interdição parcial da via. Em 2023, a Justiça determinou que a União e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) deveriam arcar com a reforma, após o proprietário comprovar incapacidade financeira. Ainda assim, nada foi feito. Agora, a Justiça deu o prazo de 60 dias, a vencer no próximo dia 9 de agosto, para que um projeto de restauração seja desenvolvido e executado, sob pena de multa. Enquanto isso, o prédio, tombado e vazio, segue se deteriorando.
Casario da Rua Santos Dumont
Após uma grande chuva em 2009, o Casario Grupo Aliança da Bahia, que já estava abandonado, desabou. Desde então, o imóvel mergulhou no esquecimento. Nenhuma iniciativa concreta de restauração foi tomada, e o que restou da estrutura passou a ser ignorado. Com 3 pavimentos, ele segue desocupado e em estado precário de conservação. Assim como o prédio vizinho, dos mesmos proprietários.
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