Justiça
Mesmo com déficit de promotores, MP-BA seguiu atuante na pandemia, diz procuradora-geral
Em entrevista à Rádio Metrópole, Norma Cavalcanti também falou sobre a iniciativa do órgão para combater os "fura-filas" da vacinação contra a Covid-19
Foto: Cecom/MP-BA
A procuradora-geral de Justiça do Estado da Bahia, Norma Cavalcanti, ressaltou hoje (8), em entrevista à Rádio Metrópole, o papel do Ministério Público estadual (MP-BA) no combate à pandemia de coronavírus. A atual chefe do órgão assumiu o cargo em 6 de março de 2020, poucos dias antes do início da crise sanitária no estado.
"No dia 12 de março do ano passado, o governador Rui Costa convocou os poderes de Estado e me perguntou qual era a pauta do MP. Eu disse 'coronavírus', porque precisávamos discutir se íamos adiar a micareta de Feira de Santana. A partir daí, fomos criando um grupo de trabalho com todas as áreas do MP. Também criamos um ato de contenção de despesas orçamentárias. Logo em seguida, criei uma comissão dentro do MP de repactuação orçamentária. Em todo o interior da Bahia, nesse ano de pandemia, até hoje, analisamos mais de 405 mil procedimentos ligados não só à pandemia, mas 4 mil inquéritos policiais. Continuamos trabalhando. (...) Durante as eleições, eu tinha promotores em toda a Bahia. Qual é a minha dificuldade hoje, no MP? Temos um déficit de cerca de 200 promotores. Mesmo assim, eu colocava promotores daqui da capital para trabalhar no interior", disse.
A procuradora também falou sobre a iniciativa do Ministério Público para combater os "fura-filas" da vacinação contra a Covid-19. "Temos o telefone, que é o 0800 642 4577, onde você pode fazer qualquer denúncia. Temos hoje 172 denúncias desse fura-fila, estamos realmente apurando. Muitas vezes são denúncias falsas, que colocam as vidas das pessoas em risco. O trabalho desenvolvido pelo SUS é elogiável. O que estamos fazendo? Recebemos a denúncia através do telefone e do e-mail gtcoronavirus@mpba.mp.br. Temos que obedecer a fila, é um dever de civilidade. Temos que realmente obedecer, usar máscara, não ser negacionista", pontuou.
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