
Justiça
Defesa de Anderson Torres diz que não há provas que liguem o ex-ministro a ações golpistas
Advogado Eumar Novacki afirma que acusação da PGR é baseada em ilações e nega envolvimento do ex-ministro nos atos de 8 de janeiro

Foto: Gustavo Moreno/STF
O advogado Eumar Novacki, defensor do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou nesta terça-feira (2) que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresenta provas que conectem Torres ao planejamento de uma tentativa de golpe ou aos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Novacki fez essas declarações no primeiro dia do julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista, formado por Torres, Jair Bolsonaro e outros seis réus. “A peça acusatória vem recheada de afirmações e ilações sem provas”, disse o advogado. Torres é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O advogado acrescentou que Torres viajou de férias para os Estados Unidos dias antes dos atos golpistas e que a viagem havia sido programada “com muita antecedência”.
“Em relação a Anderson Torres, toda a tese acusatória é um ponto fora da curva. Nem a PF nem o Ministério Público estavam interessados naquele momento na verdade. Toda a narrativa do MP em relação a Torres parte da premissa de que ele teria conspirado, participado de uma macabra trama golpista, deliberadamente se ausentado do DF. Mas isso não caminha com a verdade”, declarou Novacki.
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