
Justiça
Quem pode entrar na mira do inquérito sobre gestão da pandemia
Lista de Flávio Dino tem 24 nomes, dentre eles está o ex-presidente Jair Bolsonaro, citado 80 vezes no relatório final da CPI da Covid-19

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, determinou nesta quinta-feira (18) a abertura de um novo inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão se baseia no relatório final da CPI da Covid-19, que apontou indícios de crimes durante a gestão da pandemia.
Além de Bolsonaro, a lista inclui três de seus filhos e outros 20 aliados políticos e empresariais. Dino afirmou que o documento da Comissão apresenta os requisitos legais necessários para a abertura de investigação.
A CPI da Covid funcionou por quase seis meses, com 67 reuniões, mais de 500 requerimentos e 190 quebras de sigilo. O relatório final, entregue em 2021, tem 1.180 páginas e sugere o indiciamento de 66 pessoas e duas empresas, descrevendo 20 possíveis crimes. Bolsonaro aparece 80 vezes no texto e teria cometido 10 delitos.
Em 2024, a Polícia Federal pediu que as conclusões da CPI fossem transformadas em inquérito. O pedido foi atendido agora por Flávio Dino, que deu prazo de 60 dias para a PF aprofundar as investigações, podendo haver prorrogação se necessário.
Entre os nomes incluídos no inquérito estão:
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Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
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Flávio Bolsonaro, senador
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Eduardo Bolsonaro, deputado federal
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Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro
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Ricardo Barros, deputado federal
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Osmar Terra, deputado federal
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Beatriz Kicis, deputada federal
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Carla Zambelli, deputada federal
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Carlos Jordy, deputado federal
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Onyx Lorenzoni, ex-ministro
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Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores
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Luciano Hang, empresário da Havan
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Carlos Wizard, empresário
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Allan dos Santos, youtuber
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Oswaldo Eustáquio, blogueiro
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Entre outros aliados e ex-assessores do governo.
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