
Justiça
Fux defende voto por absolvição de Bolsonaro e responde a críticas
Fux também afirmou que os ataques ao processo eleitoral de 2022, o chamado Plano Punhal Verde e Amarelo e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 foram episódios isolados

Foto: Gustavo Moreno/STF
Ao iniciar seu voto no julgamento do “núcleo 4” da trama golpista, conhecido como “núcleo da desinformação”, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu as críticas que recebeu por ter votado pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sem citar nomes, Fux fez referência a professores estrangeiros que, segundo ele, “não conhecem a realidade brasileira, nem leram o voto sobre o qual comentaram”. “Eu, que tenho quase cinco décadas de magistério, sendo professor, considero lamentável que a seriedade acadêmica tenha sido deixada de lado por um rasgo de militância política”, afirmou o ministro.
Nos bastidores, a fala foi interpretada como uma resposta ao jurista italiano Luigi Ferrajoli, considerado o pai do “garantismo” no Direito Penal. Durante o voto, Fux também afirmou que os ataques ao processo eleitoral de 2022, o chamado Plano Punhal Verde e Amarelo e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 foram episódios isolados. Para o ministro, esses três fatos não devem ser analisados em conjunto, como fez o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao apresentar as denúncias contra os réus do plano golpista.
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