
Justiça
STF começa a julgar núcleo 3 da trama golpista nesta terça-feira (3)
Grupo formado por militares do Exército é acusado de planejar ataques contra autoridades e de articular tentativa de golpe de Estado

Foto: Gustavo Moreno/STF
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (11) o julgamento de dez acusados de envolvimento em uma trama golpista identificada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o núcleo 3. O grupo é composto majoritariamente por militares do Exército e, segundo as investigações, teria atuado no planejamento e monitoramento de ações contra autoridades da República.
O julgamento terá seis sessões, agendadas para os dias 11, 12, 18 e 19 de novembro, sempre das 9h às 12h. Nos dias 11 e 18, também haverá sessões no turno da tarde, entre 14h e 19h.
Conforme a PGR, os integrantes do núcleo 3 são apontados como responsáveis por parte das ações estratégicas que sustentariam o plano de ruptura institucional. Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.
Entre os réus estão:
- Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército;
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva;
- Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
- Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército;
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército;
- Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal.
As investigações da Polícia Federal indicam que o grupo teria elaborado um plano batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PGR, as ações incluíam o uso de força armada e tentativas de coação de autoridades, em uma estratégia voltada a instaurar um regime de exceção no país.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.

