
Justiça
CPMI do INSS aprova mais de 390 requerimentos e pede prisão preventiva de dois investigados
Colegiado também avançou em pedidos de informação, bloqueio de bens e segue apurando esquema que já gerou mais de R$ 2,5 bilhões em ressarcimentos a aposentados

Foto: Lula Marques/ Agência Braasil
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS aprovou, nesta quinta-feira (27), 393 requerimentos apresentados pelos parlamentares. Entre eles, dois pedidos de prisão preventiva: o da presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), Cecília Rodrigues Mota, que prestou depoimento à comissão, e o do empresário João Carlos Camargo Júnior, conhecido como “alfaiate dos famosos”, apontado por movimentações financeiras com investigados pela CPMI e pela Polícia Federal.
Também foram aprovados pedidos de informação, acareações e solicitações de bloqueio de bens. Outros 86 requerimentos sem consenso foram retirados de pauta e devem ser votados nominalmente na próxima semana. Entre eles está a convocação coercitiva do advogado-geral da União, Jorge Messias, que já havia sido convidado e não compareceu, gerando impasse entre os parlamentares.
Ao longo do dia, a CPMI ouviu o contador Mauro Palombo Concílio, ligado a empresas suspeitas de receber recursos oriundos de descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.
Segundo o Ministério da Previdência Social, já foram restituídos R$ 2,56 bilhões a 3,75 milhões de segurados lesados pelo esquema. Mais de 6,1 milhões de beneficiários questionaram algum desconto, e 97,9% afirmam não reconhecer as cobranças. Até 14 de fevereiro de 2026, pedidos de ressarcimento podem ser feitos pelos canais oficiais do INSS, como o aplicativo ou site Meu INSS, telefone 135 e agências dos Correios.
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