Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Domingo, 21 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Justiça

/

Justiça aceita denúncia do MP e youtuber Júlio Cocielo vira réu por racismo

Justiça

Justiça aceita denúncia do MP e youtuber Júlio Cocielo vira réu por racismo

Acusações se baseiam em série de tweets publicados pelo influenciador entre os anos de 2011 e 2018

Justiça aceita denúncia do MP e youtuber Júlio Cocielo vira réu por racismo

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Lara Curcino no dia 15 de setembro de 2020 às 08:38

O youtuber e influenciador digital Júlio Cocielo, de 27 anos, se tornou réu na Justiça de São Paulo sob acusação de racismo. A denúncia do Ministério Público foi aceita pela juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de SP. A informação é do UOL.

A acusação é feita com base em publicações de Cocielo feitas em sua conta no Twitter, entre os anos de 2011 e 2018. Caso ele seja condenado, a pena vai de dois a cinco anos de prisão.

No dia 2 de novembro de 2011, o youtuber, que hoje possui mais de 19 milhões de inscritos em seu canal, publicou: “por que o Kinder Ovo é preto por fora e branco por dentro? Porque se ele fosse preto por dentro o brinquedinho seria roubado, KKK #maldade”. 

Em novembro de 2013, Cocielo escreveu: “nada contra os negros, tirando a melanina”. Um mês depois, ele disse: “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”.

Os tweets vieram à tona em 2018, quando o influenciador postou, durante a Copa do Mundo de futebol daquele ano, que o jogador francês negro Kylian “Mbappé conseguiria fazer um arrastão top na praia, hein”.

Cocielo já responde por ação civil pública pelos mesmos casos. Nela, o MP cobra uma indenização de R$ 7,5 milhões. Sobre as acusações, o advogado que o representa no processo cível, Maurício Bunazar, afirmou que “contar uma piada sobre negros não transforma um humorista em uma pessoa racista ou propagador do ódio contra negros, da mesma forma que contar uma piada sobre judeus não transforma um humorista em uma pessoa antissemita".