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Prefeitura derrapa em nova tentativa de vender canteiro central da orla de Patamares

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Por Jairo Costa Júnior

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Prefeitura derrapa em nova tentativa de vender canteiro central da orla de Patamares

Leilão de terreno de 17,5 mil metros quadrados, com lance inicial de R$ 19,1 milhões, fracassa pela segunda vez; nenhum dos interessados atendeu às exigências para entrar na disputa pela área

Prefeitura derrapa em nova tentativa de vender canteiro central da orla de Patamares

Foto: Danilo Puridade/Metropress

Por: Jairo Costa Jr. no dia 30 de abril de 2025 às 16:55

O segundo leilão de uma área de aproximadamente 17,5 mil metros quadrados na orla de Patamares, perto do Circo Picolino, terminou com a licitação fracassada, segundo informações obtidas pela Metropolítica na página de transparência da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz). O fracasso de um leilão ocorre quando há interessados em arrematar determinado bem, mas nenhum deles conseguiu ser habilitado para o certame ou tiveram suas propostas desclassificadas.

Olho gordo
Antes da nova rodada, realizada na manhã de terça-feira (29), a prefeitura já havia tentado vender o terreno com lance inicial de R$ 19,1 milhões, mas o negócio também fracassou. Conforme revelado pela coluna, o leilão atraiu a cobiça do mercado imobiliário justamente porque a área está situada na chamada Nova Orla Atlântica de Salvador, trecho entre Pituaçu e Piatã que recebeu investimentos na ordem de R$ 135 milhões em obras de requalificação. 

Para ver e comer
Conforme as regras previstas no edital lançado em 28 de março, a canteiro central de Patamares está destinado à implantação de um espaço multiuso, através da instalação de um aquário aberto à visitação pública e um Centro Gastronômico, com área total de 8 mil e 3,5 mil metros quadrados, respectivamente.

Munição de guerra
Em outra polêmica envolvendo os leilões de áreas verdes na capital, a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis) contratou uma empresa baiana de consultoria ambiental, a Baobá, para elaborar parecer técnico sobre a fauna e a flora do terreno localizado na encosta do Morro Ipiranga, entre o Cristo  e o Clube Espanhol, na orla da Barra. 

Pé no freio
O objetivo é embasar a defesa da prefeitura junto à Justiça Federal, que suspendeu o leilão do imóvel de pouco mais de 3 mil metros quadrados no último dia 14, a pedido do Conselho de Arquitetura e Urbanismo na Bahia (CAU). Desde o início do ano, o CAU conseguiu impedir a venda de duas áreas verdes: uma na encosta do Corredor da Vitória, ao lado Mansão Wildberger; outra na Avenida ACM, entre o Parque da Cidade e o Hospital Teresa de Lisieux 

Para recordar
A decisão de leiloar parte da encosta do Morro Ipiranga gerou uma enxurrada de críticas feitas ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) por ambientalistas e especialistas em legislação urbana. Em especial, após ele afirmar que a área coberta de vegetação de restinga "não serve para nada".