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Candidatura de Flávio Bolsonaro cria dificuldades para ACM Neto, admitem caciques da oposição

Avaliação é de que a presença de filho do ex-presidente no páreo esvazia a principal aposta do ex-prefeito para 2026: ter o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato único da direita a presidente

Foto: Divulgação
Cardeais da oposição ao PT na Bahia admitem que a entrada do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no páreo pela Presidência da República, caso se confirme de fato, vai dificultar a vida do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) na corrida pelo governo do estado em 2026. Aliados próximos a Neto estão convictos de que a eventual fragmentação de candidaturas entre os dois maiores grupos da direita, os bolsonaristas de puro-sangue e a chamada ala moderada, levará o ex-prefeito da capital a uma sinuca de bico em que só restarão dois caminhos para ele, ambos ruins: subir no palanque de um nome que pode não chegar ao segundo turno por causa da pluralidade de concorrentes ou se associar de vez ao campo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), carregando a tiracolo a alta rejeição dos bolsonaristas junto ao eleitorado baiano.
Melhor dos mundos
"O melhor cenário para Neto, dito pelo próprio em conversas internas, seria ter toda direita unificada em torno da candidatura de Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo pelo Republicanos), mas ela cairá por terra se Flávio decidir entrar na disputa como representante do pai. Tarcísio tem uma reeleição bem fácil, basta ver as pesquisas, e não vai colocá-la em risco para bater-chapa contra o filho de um presidente com capilaridade eleitoral grande. Para completar, outros quadros da direita que poderiam ocupar o lugar de Tarcísio e têm pouco a perder, já que estão no fim do segundo mandato, não empolgam", disse um importante cacique oposicionista, em referência aos governadores do Paraná, Minas Gerais e Goiás, respectivamente, Ratinho Jr. (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil).
Pior dos mundos
De forma unânime, todas as fontes do bloco oposicionista ouvidas pela Metropolítica disseram que, ao contrário de 2022, o ex-prefeito não poderá mais posar de postulante a governador sem lado, diante do acirramento da polarização política no país. "Exatamente por isso que a entrada de Flávio Bolsonaro no jogo presidencial atrapalha a candidatura de ACM Neto. Sobretudo, se Flávio disparar à frente dos demais nomes da direita. Aí Neto será forçado a subir no palanque com ele, sob pena de perder os votos do bolsonarismo. Em contrapartida, se aliar a um candidato rejeitado em alto grau pelos baianos é o pior dos mundos. Isso porque do outro lado estará um rival (o governador Jerônimo Rodrigues, do PT) puxado por um presidente como Lula, bastante popular no estado", avaliou um parlamentar influente do União Brasil.
Luz amarela
As últimas ofensivas da bancada oposicionista na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), marcadas por longas obstruções em sessões recentes de votação, levou articuladores políticos do governo Jerônimo a repensar o modo de atuação na Casa. Embora a base aliada possua maioria maiúscula no Legislativo e consiga aprovar todos os projetos de interesse do Executivo no estilo rolo-compressor, a postura mais aguerrida da oposição acendeu o alerta amarelo no Palácio de Ondina.
Olho no lance
Segundo apurou a coluna, a determinação do núcleo-duro de Jerônimo agora é evitar que os adversários peguem gosto pelo confronto e, uma hora, acabem impondo uma derrota cara ao governador. O primeiro passo é mobilizar antecipadamente para garantir presença maciça de deputados em sessões consideradas fundamentais para a cúpula governista e impedir que a bancada da minoria consiga travar a pauta por baixo quórum, como ocorreu na sessão iniciada na quarta-feira (10) e encerrado somente na madrugada desta quinta (11).
Do meu, do seu, do nosso bolso!
Quando o contribuinte pensa que já viu de tudo, sempre surge um absurdo novo para provar que ele está errado. É o caso de um contrato assinado na quinta-feira passada (4) pelo diretor-presidente da SalvadorPar, Marcos Lessa. Em síntese, Lessa autorizou repasse de cerca de R$ 21 mil dos cofres públicos para bancar a confraternização de fim de ano dos funcionários da empresa, criada pela prefeitura da capital com o objetivo de viabilizar concessões e parcerias firmadas pela administração municipal junto à iniciativa privada. A festinha, para 40 convidados, será no badalado Red River Bar, escolhido por Lessa para organizar o convescote, ao custo de R$ 525 por cabeça.
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