Otto diz a aliados que ruído na base é fruto de precipitação do PT sobre chapa

A aliados muito próximos, o senador Otto Alencar (PSD) atribui boa parte dos ruídos em torno da chapa majoritária do Palácio de Ondina para 2026 à precipitação do PT em discutir a montagem do palanque principal, além de reivindicar para o partido três das quatro vagas de protagonismo no páreo. Para Otto, o ideal era manter o assunto em suspensão pelo menos até março, justamente para evitar frituras a longo prazo, mas foi voto vencido em 26 de maio, quando o senador Jaques Wagner anunciou em entrevista a Mário Kértesz, apresentador da Rádio Metropole, que ele e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, concorreriam ao Senado, com o governador Jerônimo Rodrigues à frente do bloco. 

Obedece que tem juízo
Embora não esconda as insatisfações do senador Ângelo Coronel após ter sido rifado em público por Wagner e Rui, Otto classifica como espuma as especulações de que o PSD estaria em pé de guerra entre grupos que exigem a vaga do partido na chapa e o pessoal do deixa-disso. Sobretudo, advertiu Otto, porque não adianta nada berrar ou marcar posição, já que o assunto será resolvido mesmo no terceiro andar do Palácio do Planalto. Ou seja, o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem a palavra final na tática do PT em estados estratégicos para as eleições do ano que vem.

Abre a rodinha!
"Por outro lado, Otto avisou a cardeais do PT que, se o partido quiser um desempenho olímpico na Bahia, terá que abrir espaço na chapa da base aliada para mais atores", afirmou uma fonte muito ligada ao presidente estadual do PSD, para quem o movimento antecipado de Wagner estaria atrelado a rumores sobre um eventual desejo de Rui em tomar o lugar de Jerônimo na tal "santíssima trindade", e não à certeza de que o trio petista seria a melhor formação para vencer a corrida pelo governo e turbinar a votação de Lula no estado.

Valsa da felicidade
O deputado federal Otto Filho (PSD) está mais que contente com a indicação de seu nome para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), confirmada nesta quarta-feira (3) por Jerônimo Rodrigues, mas tem outro político tão feliz quanto ele. No caso, o ex-prefeito de Guanambi Charles Fernandes (PSD), que havia voltado à fila da suplência da Câmara dos Deputados após o dono da cadeira, Sérgio Brito, deixar a Secretaria Estadual de Infraestrutura e retomar o mandato em 11 de novembro. Com a iminente saída de Otto Filho, Fernandes já começou a arrumar as malas para voltar a Brasília.

Casa de marimbondo
Pouco antes de decidir que apenas o procurador-geral da República pode pedir o impeachment de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), o decano da corte, ministro Gilmar Mendes, foi aconselhado por parlamentares com posto de liderança no Congresso, incluindo baianos, a desistir da ideia, fruto de ação movida pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB). Alertaram que a restrição iria enfurecer deputados e senadores em um momento de forte tensão do Legislativo com o Executivo e o Judiciário. E mais: que seria traduzida como provocação. Deu no que deu! Agora, disseram, é esperar que o plenário do STF conserte a lambança, ainda que os sinais sejam outros.

Jingle bell
O Natal é só no fim do ano, mas o prefeito Bruno Reis (União Brasil) decidiu antecipar a passagem do Papai Noel pelo Palácio Thomé de Souza. Em um padrão incomum nos últimos 11 meses, quando a grana vinha pingando a conta-gotas, Bruno baixou nesta quarta-feira 29 decretos financeiros liberando, de uma só tacada, R$ 80 milhões para diversos órgãos e autarquias da administração municipal - da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) à Fundação Cidade Mãe (FCM). Tinha gente rezando pela verba extra para fechar as contas de 2025.