Internacional
Após 11 dias e 244 mortos, Israel e Hamas anunciam trégua em conflito
Cessar-fogo "mútuo e simultâneo" foi mediado pelo Egito e passou a valer às 2h de sexta-feira (20h desta quinta em Brasília)
Foto: David Silverman
Um cessar-fogo "mútuo e simultâneo", mediado pelo Egito, passou a valer às 2h desta sexta-feira (20h de quinta-feira em Brasília) entre Israel e o Hamas. A trégua foi mediada pelo Egito — com participação importante também do Qatar e das Nações Unidas.
O acordo vinha sendo negociado há dias, com pressão internacional principalmente sobre Israel, embora o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu continuasse afirmando que continuaria a ofensiva até devolver “calma e segurança” aos cidadãos israelenses. Após várias conversas com Netanyahu e pressão internacional, o presidente dos EUA, Joe Biden, falou por telefone com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, segundo a Casa Branca.
O Egito foi o interlocutor nas negociações por ter acesso ao Hamas. O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, enviou duas delegações de segurança para os territórios israelense e palestino para trabalhar em busca da suspensão do conflito.
Em nota, o gabinete de segurança de Israel afirmou que o acordo "bilateral e incondicional" foi acatado por unanimidade em uma reunião com militares e membros do alto escalão do governo. Militantes palestinos atuando em Gaza, sobretudo o Hamas e a Jihad Islâmica, também confirmaram o cessar-fogo. Netanyahu também disse que Israel usará "novo nível de força" se Hamas romper cessar-fogo.
Os conflitos iniciados em 10 de maio foram os mais violentos desde 2014, deixando 232 mortos em Gaza e 12 em Israel. A situação eclodiu após semanas de crescente tensão entre israelenses e palestinos em Jerusalém Oriental, culminando em confrontos em um local sagrado reverenciado por muçulmanos e judeus. O Hamas começou a disparar foguetes após exigir a retirada de forças israelenses do local, desencadeando ataques aéreos em retaliação.
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