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‘Orçamento paralelo’ quadruplica na gestão Bolsonaro e supera antecessores

Política

‘Orçamento paralelo’ quadruplica na gestão Bolsonaro e supera antecessores

Emendas de relator saíram de R$ 1,9 bilhão no primeiro ano de governo, para R$ 28 bilhões em 2020, e chegaram a R$ 29 bilhões em 2021

‘Orçamento paralelo’ quadruplica na gestão Bolsonaro e supera antecessores

Foto: Agência Senado

Por: Metro1 no dia 20 de junho de 2021 às 13:09

A média anual de emendas de relator aprovadas pelo Congresso, durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), é quatro vezes maior que a observada na gestão de Michel Temer (MDB) e cinco vezes maior que na era Dilma Rousseff (PT). 

Por envolver um controle de emendas que não aparece nos sites de transparência do governo e do Congresso, mas apenas em trocas de ofícios entre ministérios e parlamentares, o caso ficou conhecido como "orçamento paralelo". 

A compra de muitas máquinas agrícolas com as verbas ainda fez o sistema ser apelidado de "tratoraço". Levantamento da Consultoria de Orçamento da Câmara, feito a pedido do UOL por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra que na gestão do atual presidente os congressistas apresentaram R$ 20,7 bilhões em emendas de relator por ano em média, já considerada a inflação no período. No governo Temer, de 2016 a 2018, foram R$ 4,8 bilhões em média. Na gestão de Dilma, entre 2011 e 2015, foram R$ 3,8 bilhões em média por ano.

O mecanismo é utilizado para distribuir verba entre parlamentares, mas o nome do político só aparece em ofícios trocados entre o Legislativo e a Esplanada, um controle paralelo aos portais de transparência do governo e à lei orçamentária.

Salto - Sem considerar a inflação, as emendas de relator no governo de Dilma variaram de R$ 300 milhões a R$ 5,9 bilhões a cada ano. Com Temer, a variação foi de R$ 1,5 bilhão a R$ 5,5 bilhões. No governo Bolsonaro, elas deram um salto: saíram de R$ 1,9 bilhão no primeiro ano de governo, para R$ 28 bilhões em 2020, e chegaram a R$ 29 bilhões em 2021.