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Prefeito diz lamentar ato contra Bolsonaro em Salvador em meio à pandemia

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Prefeito diz lamentar ato contra Bolsonaro em Salvador em meio à pandemia

Protestos convocados por partidos de esquerda reuniram milhares de pessoas pelo país em defesa do impeachment do presidente e por mais vacinas

Prefeito diz lamentar ato contra Bolsonaro em Salvador em meio à pandemia

Foto: Beatriz Lima

Por: Alexandre Santos e Juliana Rodrigues no dia 21 de junho de 2021 às 10:02

O prefeito Bruno Reis (DEM) disse lamentar que Salvador tenha aderido aos atos promovidos no último sábado (19) contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido). Convocados por movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda, os protestos reuniram milhares de pessoas pelo país em defesa do impeachment do presidente e por mais vacinas contra a Covid-19. 

"Sou contra qualquer tipo de aglomeração nesse momento. Vi com muita tristeza o que aconteceu em Salvador, no sábado, promovido pelos partidos de esquerda. Lamento que isso esteja ocorrendo. Estamos todos aqui numa cruzada de enfrentamento à pandemia, e os líderes sindicais precisam dar exemplo. A política vai chegar, a eleição ainda é ano que vem, vai ter muito tempo pra tudo isso", afirmou o prefeito em coletiva virtual na manhã desta segunda (21).

Em meio a um novo avanço do número de casos e mortes decorrentes da doença no Brasil, a recomendação era que os manifestantes usassem máscara (preferencialmente do tipo PFF2), carregassem álcool em gel e mantivessem o distanciamento social. Embora os muitos participantes tenham seguido as orientações, houve registros de aglomerações.

Ao mencionar o cenário da pandemia na capital baiana, Bruno Reis informou que a cidade tem 76% das UTIs/adulto ocupadas. Os leitos clínicos operam com 68% de sua capacidade, enquanto os pediátricos-clínicos, 62%. Nas UTIs pediátricas, o indíce é de 63%. 

Após eventos com ataques às políticas de isolamento, pedidos de intervenção militar e fechamento do STF, apoiadores de Bolsonaro em Salvador anunciaram uma motocarreata a favor da “democracia” durante o Dois de Julho —data cívica máxima do calendário estadual que celebra a Independência do Brasil na Bahia.

Segundo os organizadores, há a expectativa de que o próprio Bolsonaro e o ministro João  Roma (Cidadania)  participem do evento bolsonarista na capital baiana. Ambos, contudo, ainda não confirmaram oficialmente se virão.

Diante da convocação do evento, o governador Rui Costa (PT) afirmou que avaliará medidas cabíveis a serem adotadas para tentar barrar a manifestação bolsonarista.