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Em live, Bolsonaro admite que não pode comprovar se eleições de 2018 foram fraudadas

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Em live, Bolsonaro admite que não pode comprovar se eleições de 2018 foram fraudadas

Com novos ataques ao sistema de voto eletrônico e teorias já desmentidas, presidente afirmou ter apenas "indícios"

Em live, Bolsonaro admite que não pode comprovar se eleições de 2018 foram fraudadas

Foto: Reprodução/TV Brasil

Por: Metro1 no dia 30 de julho de 2021 às 09:11

Após três anos falando em supostas fraudes nas eleições brasileiras, incluindo o pleito no qual foi eleito, em 2018, o presidente Jair Bolsonaro realizou uma live nas redes sociais nesta quinta-feira (29) para apresentar o que ele chamava de provas das suas alegações. Durante a transmissão, porém, trouxe apenas teorias que circulam há anos na internet e que já foram desmentidas anteriormente.

Ao longo de sua fala, Bolsonaro mudou o discurso e admitiu que não pode comprovar se os pleitos foram ou não fraudados.

"Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas. São indícios. Crime se desvenda com vários indícios”, declarou. Ao final da exposição, Bolsonaro foi questionado por jornalistas se havia mostrado suspeitas ou provas. Respondeu: "Suspeitas, fortíssimas. As provas você consegue com a somatória de indícios. Apresentamos um montão de indícios aqui".

Durante a apresentação, foram veiculados vídeos divulgados na internet que buscam transmitir a mensagem de que é possível fraudar o código-fonte para computar o voto de um candidato para o outro.

Por diversas vezes, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já demonstrou que esse tipo de fraude não é possível de ser executada e que os vídeos que circulam na internet não indicam qualquer tipo de irregularidade ou que alguma urna tenha sido corrompida.

A apresentação ocorreu no Palácio da Alvorada e foi transmitida pela TV Brasil, rede pública do governo. O presidente mudou o formato tradicional de sua live semanal e convidou 25 jornalistas selecionados, que no entanto não puderam questioná-lo. Bolsonaro também usou a transmissão para defender que a população vá a atos marcados para o próximo domingo (1º) em defesa do voto impresso.