Política
Se caminho for apoiar Bolsonaro, não estarei lá, diz Mandetta sobre fusão entre DEM e PSL
Aliado do ex-ministro da Saúde, ACM Neto, por sua vez, afirmou ao Metro1 que a futura sigla nascerá "independente"
Foto: Reprodução/GloboNews
Em meio ao processo de fusão entre o PSL e o DEM, seu atual partido, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), afirmou que não permanecerá na nova legenda caso esta apoie o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A declaração foi dada na noite deste domingo (26), em um debate promovido pela GloboNews com os também pré-candidatos à presidência Ciro Gomes (PDT) e Alessandro Vieira (Cidadania).
"Se for esse o caminho [apoio a Bolsonaro], pode ter certeza que eu não vou estar lá. Mas eu tenho toda a certeza de que não há a menor margem para esse tipo de caminhar", disse Mandetta.
Apesar de o DEM ocupar hoje cargos no primeiro escalão do governo, o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, afirmou ao Metro1 que a futura sigla não integrará a base de sustentação de Bolsonaro. A afirmação foi feita na noite de quinta-feira (23), durante inauguração da Cidade da Música, no bairro do Comércio.
Embora publicamente ACM Neto busque se desvincular de Bolsonaro e repetir que nunca indicou correligionários para postos no governo, o Democaratas conta com ao menos dois quadros na Esplanada dos Ministérios —Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tereza Cristina (Agricultura).
Para Mandetta, figuas mais alinhadas ao presidente vão se incomodar com o arranjo e, por isso, poderão se desfiliar. "Essas pessoas que ficaram dentro do governo. Democratas tem dois membros dentro do governo, com certeza estão muito desconfortáveis. Não há a menor possibilidade desse partido estar no palanque do Bolsonaro", disse o ex-ministro.
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