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Homem é confundido com investigado na Lava Jato e acaba prestando depoimento

Política

Homem é confundido com investigado na Lava Jato e acaba prestando depoimento

Um homem foi levado para depor na última sexta-feira (4) por agentes da Polícia Federal, em meio à investigação da Operação Lava Jato. No mesmo dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era conduzido coercitivamente para prestar depoimento, Jorge Washington Blanco, de Belo Horizonte, participava falava, por videoconferência, ao juiz federal Sérgio Moro. [Leia mais...]

Homem é confundido com investigado na Lava Jato e acaba prestando depoimento

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Por: Matheus Simoni no dia 07 de março de 2016 às 16:29

Um homem foi levado para depor na última sexta-feira (4) por agentes da Polícia Federal, em meio à investigação da Operação Lava Jato. No mesmo dia em que o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva era conduzido coercitivamente para prestar depoimento, Jorge Washington Blanco, de Belo Horizonte, participava falava, por videoconferência, ao juiz federal Sérgio Moro. Ele havia sido arrolado como uma das testemunhas de acusação, no processo em que é réu o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. A outra era o administrador Sandro Tordi, ex-presidente do Banco Schahin.

De camiseta azul, Jorge Blanco respondeu a todas as perguntas. A primeira foi do Ministério Público Federal, por meio do procurador Diogo Castor de Mattos. "O senhor pode esclarecer sua atividade profissional durante o ano de 2009?", questionou Mattos. "Eu sou capoteiro", respondeu Jorge Blanco.

"Capoteiro? O senhor trabalhou durante algum período no Banco Schahin?", questionou. "Não", disse o capoteiro. "O senhor esteve alguma vez com Jorge Luiz Zelada?”, insistiu o procurador. "Não conheço", afirmou Blanco. "Sem mais perguntas, Excelência", assinalou, por fim, Castor.

O juiz federal Sérgio Moro deu seguimento à audiência, perguntando se o assistente de acusação ou os defensores que ali estavam tinham perguntas. "Se trata de outra pessoa, seria um uruguaio, um argentino", disse um dos defensores, que não aparece no vídeo.

"Não tenho ideia, a testemunha é da acusação", afirmou Moro. "Talvez o sr tenha sido chamado por engano, por alguma questão de homônimo. Eu declaro encerrado seu depoimento, também não tenho indagações", disse. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o capoteiro, que trabalha com capota e estofamento de veículos na capital mineira, disse que ficou surpreso após ser levado para prestar depoimento. "Uai, eu fiquei meio assim, falei: será que usaram meu nome nesse trem? Eu nunca me envolvi com nada errado. De uma hora pra outra aparece negócio de Lava Jato, coisa que eu vejo falar na televisão", disse Blanco.