Aproximação do PSDB com base de Jerônimo Rodrigues causa desconforto entre vereadores do partido

A recente aproximação do PSDB com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem causado desconforto entre os vereadores do partido, que são ligados ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União). As conversas têm sido conduzida, principalmente, pelo presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz, que se filiou à legenda recentemente.

Ao Metro1, o vereador Téo Senna protestou. “Eu sou contra completamente. A primeira coisa [que vai acontecer], se juntar PT e PSDB, é eu me afastar do PSDB. De forma alguma, aceito qualquer coligação desse tipo”, ressaltou.

Os vereadores Cris Correia e Daniel Alves foram mais cautelosos, mas salientaram que permanecem na base de Bruno Reis. "Eu acho muito cedo para a gente falar qualquer coisa sobre o assunto. A verdade é que hoje nós fazemos a parte da base de Bruno Reis. Amanhã, a Deus pertence", disse a vereadora. 

Alves, entretanto, frisou que os tucanos estão insatisfeitos no grupo. "Nós estamos na base do prefeito. Estamos felizes, mas insatisfeitos com o tamanho do PSDB. O PSDB é maior do que o espaço que ele tem na prefeitura", afirmou.

Com a reforma administrativa feito por Bruno Reis neste ano, o PSDB perdeu a Secretaria de Educação, que tem um dos maiores orçamentos da gestão municipal. Atualmente, a legenda tem apenas a Secretaria de Gestão. Nos bastidores, tucanos contam que Jerônimo Rodrigues tem feito hoje um "esforço maior" do que Bruno Reis para ter o partido na base. Segundo eles, Muniz está "insatisfeito" com o tratamento dado, o que fazê-lo desistir de apoiar à reeleição do prefeito soteropolitano.