Política
STF suspende investigação que colocou aliados de Lira como alvos em esquema de lavagem de dinheiro
Os advogados do parlamentar do PP argumentam que a investigação foi irregular porque, desde o início, o objetivo seria apurar o suposto envolvimento de Lira
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu nesta quinta-feira (6) a investigação da Operação Hefesto, que apura supostos crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro na compra de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A informação foi publicada pelo portal G1.
A ação colocou aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), como alvos. As investigações foram iniciadas pela Polícia Federal de Alagoas. Nesta quarta-feira (5), a Justiça Federal do estado determinou o envio das apurações ao STF após a PF apontar indícios de envolvimento de autoridades com foro privilegiado no caso.
"Havendo indícios da participação nos delitos ora investigados de um congressista, a competência desse juízo se encerra", afirmou Gilmar Mendes, em sua decisão. Pela decisão, a PF e o Ministério Público não podem avançar no caso até que o Supremo julgue um pedido da defesa de Lira para anular toda a investigação.
Os advogados do parlamentar do PP argumentaram que a investigação foi irregular porque, desde o início, o objetivo seria apurar o suposto envolvimento de Lira com os fatos. Ainda na decisão, Gilmar Mendes destacou documentos que envolvem o nome de Luciano Cavalcante e Arthur Lira. Cavalcante era assessor de Lira na Câmara dos Deputados e foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal no começo do mês passado.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.