PF quebra sigilo telefônico de Braga Netto em operação contra suspeita de fraude em intervenção federal

Militares que integraram o Gabinete da Intervenção Federal (GIF) no Rio de Janeiro, no ano de 2018, são alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta nesta terça-feira (12). O general Walter Souza Braga Netto, nomeado interventor, está entre os investigados e teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça.

Intitulada como Perfídia, a operação investiga supostas fraudes na verba do programa, que custou R$ 1,2 bilhão. De acordo com o portal G1, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em São Paulo e no Distrito Federal. Além dos militares, empresários também estão entre os alvos. 

Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Ambos são do PL.  Segundo nota enviada pela PF ao jornal Folha de S. Paulo, a investigação busca apurar os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa, na contratação da empresa americana CTU Security LLC para aquisição de 9.360 coletes balísticos com sobrepreço de R$ 4,6 milhões, em 2018.

O governo dos Estados Unidos avisou às autoridades brasileiras do possível desvio ao investigar o atentado ao presidente do Haiti, Jovenel Moïse, em julho de 2021.