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"Braga Netto prometeu interferir a nosso favor", escreveu general investigado pela PF

Política

"Braga Netto prometeu interferir a nosso favor", escreveu general investigado pela PF

Autor da mensagem é oficial da reserva Paulo Roberto Corrêa Assis, que a PF afirma ter sido contratado em 2019 pelos mentores da fraude

"Braga Netto prometeu interferir a nosso favor", escreveu general investigado pela PF

Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil | Arquivo Pessoal/Paulo Assis

Por: Metro1 no dia 14 de setembro de 2023 às 09:49

Atualizado: no dia 14 de setembro de 2023 às 14:37

Um dos alvos de busca da Polícia Federal, na Operação Perfídia, o general Paulo Roberto Correa Assis trocou mensagens com investigados onde prometeu uma "interferência" do então interventor na segurança do Rio de Janeiro, Walter Souza Braga Netto, em favor do grupo. 

As informações compõem o inquérito e o pedido da PF. As mensagens  são de 14 de dezembro de 2019, dois meses antes de Braga Netto ter assumido como ministro-chefe da Casa Civil do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Paulo Assis disse “almocei com gen Braga Netto, que me prometeu interferir a nosso favor”. E completa com: “está tudo bem encaminhado. Alertei sobre o empenho ser realizado ainda este ano para não cair no exercício findo”.

No dia seguinte ao almoço mencionado, em 15 de dezembro, a PF aponta um e-mail enviado pelo general Paulo Assis para o e-mail da Presidência, com cópia a outros militares, no qual informa ao parecerista que almoçou com o general Braga Netto e que “ele iria dar uma ‘força’ para atender o pleito”.

De acordo com a PF, Paulo Assis seria alguém "contratado pelo grupo para fazer lobby, junto ao alto escalão do governo". Segundo as investigações, "o general sempre vangloriava de sua amizade com o vice-presidente, General Hamilton Mourão e do General Braga Netto, Chefe do Estado-Maior do Exército e, em seguida, Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil".

O Gabinete de Intervenção Federal fechou 22 contratos com dispensa de licitação sob o comando de Braga Netto. Destes, cinco foram milionários e somam R$ 192,3 milhões, conforme apuração da jornalista Sarah Teófilo, do portal Metrópoles. A operação investiga supostas fraudes na verba do programa, que custou R$ 1,2 bilhão.