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"Estou tentando construir uma relação de confiança", diz Campos Neto após reunião com Lula

Política

"Estou tentando construir uma relação de confiança", diz Campos Neto após reunião com Lula

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também disse que o encontro proporcionou uma "conversa de alto nível" entre os líderes

"Estou tentando construir uma relação de confiança", diz Campos Neto após reunião com Lula

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 28 de setembro de 2023 às 14:37

Atualizado: no dia 28 de setembro de 2023 às 19:51

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que está “tentando construir uma relação de confiança” com o governo federal. A declaração foi feita pelo economista nesta quarta-feira (28), ao ser questionado sobre a reunião que teve um dia antes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ambos do PT. 

"Na reunião, estávamos eu, o presidente Lula e o ministro [Fernando] Haddad, somente. Eu estou tentando construir uma relação de confiança, o que nós combinamos é que eu não comentaria nada sobre a reunião. O ministro Haddad fez alguns comentários e eu concordo integralmente com os comentários dele", disse Campos Neto, em breve coletiva de imprensa.

Em conversa com jornalistas no Ministério da Fazenda, Haddad confirmou que o encontro foi necessário para iniciar a construção de uma relação entre Lula e Campos Neto. O ministro também comentou sobre a "pactuação" entre os líderes para que agendas conjuntas ocorram com mais frequência.

"Não conversamos sobre tópicos específicos. O presidente [Lula] deixou claro o respeito que tem pela instituição. A reciprocidade foi muito boa da parte do Roberto [Campos Neto], foi uma conversa de alto nível", acrescentou o ministro.

Atritos sobre a Selic

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% gerou insatisfação por parte do governo Lula. Em diversas ocasiões, o mandatário teceu críticas sobre o direcionamento adotado pela política monetária defendida pela instituição financeira. 

Em maio, após uma série de embates, o chefe do BC chegou a afirmar que o conflito entre as instituições é um dos fatores que influenciam a alta das expectativas para inflação. “O ruído entre o governo e o Banco Central gerou uma incerteza em relação à capacidade do Banco Central de atingir os objetivos”.

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