
Política
Collor cumpre prisão domiciliar em cobertura de R$ 9 milhões em Maceió
A defesa de Collor alegou questões de saúde, como doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar, além de idade avançada (75 anos) para justificar o cumprimento da pena em casa

Foto: Reprodução: Google Street View | Jefferson Rudy/Agência Senado/Arquivo
O ex-presidente Fernando Collor de Mello cumpre pena de prisão domiciliar em uma cobertura de luxo avaliada em R$ 9 milhões, localizada na orla de Maceió (AL). O imóvel ocupa os dois últimos andares de um edifício de alto padrão, com vista para o mar, piscina privativa, quatro suítes e dependência de empregada. A defesa de Collor alegou questões de saúde, como doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar, além de idade avançada (75 anos) para justificar o cumprimento da pena em casa.
O apartamento foi penhorado em novembro de 2024 para garantir o pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil a um ex-funcionário da TV Mar, emissora que integra o grupo de comunicação da família Collor. Mesmo com a penhora, Collor permanece no local, agora sob cumprimento de pena determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O STF condenou o ex-presidente a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sob a acusação de ter recebido propina em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A decisão partiu de um processo ligado à Operação Lava Jato, tornando Collor o primeiro ex-presidente da República condenado criminalmente pela Corte. Após o esgotamento dos recursos, o ministro Edson Fachin autorizou a prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica e restrições de contato com outros réus.
O imóvel, situado em uma das áreas mais valorizadas de Maceió, já foi usado como espaço para reuniões e eventos políticos. Em todas as fases do processo, a defesa do ex-presidente negou envolvimento em qualquer irregularidade.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.