General Mario Fernandes admite ser autor de plano para matar Lula e Moraes

O general Mario Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL), admitiu, nesta quinta-feira (24), ter idealizado o plano "Punhal Verde e Amarelo".

“Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilar de dados, um estudo de situação meu, uma análise de riscos que eu fiz e por costume próprio resolvi digitalizar. Não foi apresentado a ninguém e nem compartilhado com ninguém”, disse.

Fernandes também confirmou que imprimiu o documento para que pudesse ler melhor e "não forçar a vista", alegando ter rasgado logo em seguida. Mas, de acordo com as investigações da Polícia Federal, três cópias foram impressas no Palácio do Planalto pelo general, e uma reimpressão com um mês de distância das outras. 

O general disse que não se lembra de ter imprimido mais de uma cópia do plano e disse acreditar ter sido uma “configuração da impressora”. Sobre a impressão em outra data, ele afirmou que a fez por ter tido uma “nova ideia” e alterado o documento. O documento previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.