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"Não funciono sob ameaça", diz Motta sobre Eduardo Bolsonaro

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"Não funciono sob ameaça", diz Motta sobre Eduardo Bolsonaro

Presidente da Câmara afirmou que conduzirá processo de cassação com imparcialidade; deputado foi indiciado pela PF ao lado do pai

"Não funciono sob ameaça", diz Motta sobre Eduardo Bolsonaro

Foto: Marina Ramos/Câmara

Por: Metro1 no dia 21 de agosto de 2025 às 16:30

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que as ameaças feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não vão alterar sua forma de conduzir a Casa. 

“Eu não levo muito em consideração essas ameaças, porque — primeiro — não funciono sob ameaça. Então, para mim, isso não altera nem o meu humor, nem a minha maneira de agir”, declarou em entrevista ao G1. 

Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, já ameaçou Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Ele afirmou que ambos poderiam ser alvos de sanções do governo norte-americano caso não pautassem projetos de anistia e pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Na última sexta-feira (15), Motta enviou quatro pedidos de cassação contra o parlamentar ao Conselho de Ética da Câmara, três apresentados pelo PT e um pelo PSOL.

Segundo o presidente da Câmara, o caso será tratado com imparcialidade. “Nós temos dito que o deputado Eduardo Bolsonaro será tratado como todo e qualquer deputado, obedecendo ao regimento da Casa. Nem haverá privilégio, nem também haverá o interesse de prejudicar. Nós temos que saber separar as coisas, porque o papel do presidente da Casa é agir com muita imparcialidade”, completou. 

PF indicia Eduardo Bolsonaro 

Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou Eduardo Bolsonaro e o ex-presidente Jair Bolsonaro por coação a autoridades do STF na ação penal do golpe de Estado. Nas redes sociais, Eduardo criticou a investigação, dizendo ser “lamentável e vergonhoso” tratar como crime conversas privadas entre pai e filho. O deputado também negou interferência em processos no Brasil e afirmou que sua atuação no exterior busca o “restabelecimento das liberdades individuais” por meio de propostas legislativas.