
Política
Polícia Federal diz ao STF que Zambelli não efetivou ações de coação contra a Corte
O inquérito foi aberto em junho, após Zambelli fugir para a Itália

Foto: Pedro França/Agência Senado
A Polícia Federal informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) não adotou ações efetivas para coagir a Corte ou obstruir investigações. A conclusão está em relatório enviado nesta sexta-feira (19), no âmbito do inquérito em que Zambelli é investigada por coação no curso do processo e tentativa de obstrução da Justiça. Segundo a PF, apesar das declarações e postagens da deputada nas redes sociais, não houve atos concretos que comprometem o andamento da ação penal.
O inquérito foi aberto em junho, após Zambelli fugir para a Itália, buscando escapar da condenação de 10 anos de prisão imposta pelo STF pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023. Segundo as investigações, a deputada foi a mandante do ataque virtual, executado por Walter Delgatti, que afirmou ter agido a mando da parlamentar. Antes de seguir para a Itália, Zambelli passou pelos Estados Unidos, onde fez críticas públicas ao ministro Moraes.
No relatório, a PF afirma que a conduta da deputada “não ultrapassou o campo da retórica” e não há provas de ações ou articulações que configurem obstrução efetiva da Justiça. Agora, caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se arquiva o inquérito, solicita novas diligências ou encaminha o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido de extradição de Zambelli foi formalizado em junho e enviado pelo Itamaraty ao governo italiano.
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