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Na ONU, Lula denuncia “genocídio” do Exército de Israel contra palestinos

Política

Na ONU, Lula denuncia “genocídio” do Exército de Israel contra palestinos

Lula destacou que a violência não começou recentemente. Ele lembrou que há décadas o território destinado aos palestinos vem sendo ocupado por Israel

Na ONU, Lula denuncia “genocídio” do Exército de Israel contra palestinos

Foto: Reprodução/GOVBR

Por: Metro1 no dia 24 de setembro de 2025 às 18:16

Atualizado: no dia 24 de setembro de 2025 às 18:18

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (24), na sede da ONU, em Nova York. Para ele, o cenário atual ultrapassa a definição de conflito.

“O mundo inteiro já está tomado da percepção de que você não tem uma guerra em Gaza, você tem um genocídio de um Exército fortemente preparado contra um povo indefeso, sobretudo mulheres e crianças”, declarou.

Lula destacou que a violência não começou recentemente. Ele lembrou que há décadas o território destinado aos palestinos vem sendo ocupado por Israel. O petista ressaltou que a decisão aprovada por mais de 150 países membros da ONU, na véspera, fortalece a responsabilidade internacional de cobrar medidas concretas. Segundo ele, cabe agora ao Conselho de Segurança transformar a resolução em ação prática.

Criação de dois Estados

“A ONU teve força para criar o Estado de Israel. Precisa ter força para criar o Estado Palestino”, afirmou. Lula também defendeu que os membros permanentes do Conselho de Segurança assumam a responsabilidade de não vetar decisões sobre o tema, de modo a garantir que Israel respeite as deliberações da comunidade internacional.

Em sua fala, o presidente brasileiro reconheceu a existência de vozes críticas dentro de Israel contra a gestão de Benjamin Netanyahu e os ataques em Gaza. Segundo ele, há manifestações importantes pedindo o fim do massacre. Lula acrescentou ainda que o Hamas também deve ser responsabilizado, ao afirmar que o grupo “não poderia ter feito o que fez e depois deixar o povo ser assassinado, como está sendo”.

Para o chefe do Executivo, a criação de dois Estados é a única saída possível para a paz duradoura na região. “O Brasil, desde 2010, já votou a favor da criação do Estado Palestino. Porque, para nós, a única solução é a existência de dois Estados convivendo harmonicamente, sem nenhum problema”, disse.

Lula concluiu avaliando que a decisão da Assembleia Geral da ONU foi tardia, mas necessária. Ele afirmou que continuará cobrando que a organização faça valer a resolução aprovada e reforçou que o Brasil seguirá defendendo a convivência pacífica entre israelenses e palestinos.