Mauro Cid é o único condenado por tentativa de golpe a não recorrer ao STF

O tenente-coronel Mauro Cid foi o único entre os condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado a não apresentar recurso contra o acórdão de julgamento nesta segunda-feira (27). Condenado a dois anos de prisão em regime aberto, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro fez acordo de colaboração premiada e recebeu a pena mais branda entre os integrantes do chamado “núcleo 1” do plano golpista.

A defesa de Cid afirmou à CNN estar satisfeita com o resultado do julgamento, pois todos os pedidos foram atendidos,  entre eles, a pena inferior ou igual a dois anos, a restituição de bens e valores e a manutenção de medidas de segurança da Polícia Federal para o militar e sua família. Advogados esperam que, com o fim da fase recursal, a pena seja considerada já cumprida, o que permitiria a extinção da condenação e o levantamento das medidas cautelares.

Caso o STF reconheça o trânsito em julgado, a defesa voltará a pedir a retirada da tornozeleira eletrônica e a declaração de cumprimento da pena, argumentando que o militar já cumpriu mais de dois anos sob restrições. Se Moraes aceitar o pedido, Cid ficará livre.