
Política
Após cinco versões, PL Antifacção deve ser votado nesta terça
Relator se licenciou do cargo em SP para assumir o projeto, levantando críticas sobre contradição e viés ideológico

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O Projeto de Lei Antifacção será votado pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18), mas seu conteúdo final permanece incerto. O relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), trabalha em sua quinta versão do texto, após mudanças anteriores desagradarem tanto o governo Lula quanto a oposição de direita.
O presidente da Casa, Hugo Motta, reafirmou a data. Em declarações à Rádio BandNews FM, ele defendeu o relator, afirmando que o texto "será alterado quantas vezes for necessário" para ser aprimorado. Motta expressou confiança em um relatório final que tenha "apoio amplo" dos deputados.
Entretanto, a situação é de impasse. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, pediu a substituição de Derrite, acusando-o de criar "uma confusão". O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também criticou a proposta, classificando-a como carente de técnica. Essa falha, junto à pressa e às sucessivas versões, reforça a suspeita de uso meramente político e eleitoral do projeto, priorizando o impacto midiático sobre a solução legislativa e o debate das eleições de 2026.
Enquanto a oposição defende equiparar facções a terroristas, Motta discorda da mudança na Lei Antiterrorismo, argumentando que as penas previstas no PL Antifacção são maiores. A definição do texto depende de um acordo em reunião marcada entre líderes partidários e o relator.
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