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Gilmar Mendes diz que violação de tornozeleira apenas antecipou prisão de Bolsonaro

Política

Gilmar Mendes diz que violação de tornozeleira apenas antecipou prisão de Bolsonaro

Ex-presidente cumpre prisão preventiva enquanto a Primeira Turma do STF avalia os recursos e as condições de execução da pena

Gilmar Mendes diz que violação de tornozeleira apenas antecipou prisão de Bolsonaro

Foto: Antônio Augusto/STF

Por: Metro1 no dia 25 de novembro de 2025 às 10:27

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro foi antecipada devido à violação da tornozeleira eletrônica, mas já era considerada certa, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal  (STF) Gilmar Mendes. A expectativa inicial era que o cumprimento da pena ocorresse após o trânsito em julgado na Primeira Turma. Em entrevista ao UOL após conferência internacional na Universidade Roma Tre, Mendes destacou que caberá à Turma avaliar as condições de execução da pena, considerando os argumentos médicos apresentados pela defesa.

Sobre Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Alexandre Ramagem, Mendes afirmou que "certamente haverá busca da cooperação internacional". Zambelli está na Itália e enfrenta possíveis processos de extradição, enquanto Ramagem fugiu para os Estados Unidos. "No caso do Eduardo Bolsonaro, ele anunciou uma licença para supostamente atuar internacionalmente junto ao governo Trump", disse Mendes, destacando questionamentos sobre sua atuação no exterior.

O ministro também comentou a prisão preventiva do banqueiro Daniel Vorcaro, do Banco Master. "Há muita crítica sobre lentidão, mas polícia e Banco Central agiram praticamente de forma simultânea", afirmou. Mendes defendeu a reformulação do Fundo Garantidor de Créditos para proteger pequenos investidores e afirmou que o acordo Mercosul-União Europeia pode reposicionar o Brasil no cenário global.

Mendes também reforçou a importância de políticas integradas de combate ao crime organizado. "Quando vemos menores de idade circulando com fuzil, uso de drones e blindagem nas comunidades, estamos diante de uma organização que se aproxima de uma lógica de guerra", destacou. Ele alertou que operações pontuais não resolvem o problema e citou indícios de financiamento político pelo crime organizado, defendendo a despolitização do debate sobre segurança.