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Votação sobre fim da escala 6x1 é adiada para a próxima semana na Câmara

Política

Votação sobre fim da escala 6x1 é adiada para a próxima semana na Câmara

Relatório propõe redução gradual da jornada e manutenção do modelo com novas regras

Votação sobre fim da escala 6x1 é adiada para a próxima semana na Câmara

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Por: Metro1 no dia 03 de dezembro de 2025 às 14:39

A votação do relatório que trata da possível extinção da jornada de trabalho 6x1 no Brasil foi adiada para a próxima semana, após pedido de vista coletivo feito nesta quarta-feira (3) na Subcomissão da Escala 6x1. A reunião contou com a apresentação do parecer do relator Luiz Gastão (PSD-CE), que propôs um texto intermediário em relação à PEC original da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), ausente por questões de saúde.

Gastão defendeu a unificação das versões debatidas até agora, na tentativa de garantir que a proposta avance para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ainda em 2025. Ele argumenta que o objetivo é chegar a um consenso que concilie interesses econômicos e melhoria das condições de trabalho. O presidente da Comissão de Trabalho, Léo Prates (PDT-BA), declarou apoio à busca por convergência.

O relatório apresentado reconhece o impacto positivo de jornadas menores sobre saúde e qualidade de vida, mas adota uma transição gradual para evitar efeitos econômicos bruscos. As principais propostas são a redução da carga semanal para 40 horas, de forma escalonada em três anos; proibição de corte salarial com a diminuição das horas de trabalho; manutenção da escala 6x1, porém com limites mais rígidos: máximo de seis horas aos fins de semana e pagamento dobrado por horas extras nesses dias; mecanismos de compensação tributária para setores com maiores custos trabalhistas.
 
Apesar da moderação do texto, o governo critica a manutenção da escala 6x1. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o Executivo segue firme pela extinção desse modelo, defendendo que trabalhadores precisam não só de menos horas, mas de mais tempo para lazer, família e demandas pessoais. Ao lado dela, o ministro Guilherme Boulos também reforçou o posicionamento e citou apoio majoritário nas pesquisas à mudança.

Com o adiamento, a expectativa é de que o relatório volte à pauta na próxima semana, quando os parlamentares tentarão concluir as negociações para votação no colegiado.