Câmara lamenta transtornos a jornalistas e nega intenção de limitar trabalho da imprensa

A Câmara dos Deputados divulgou nesta quinta-feira (11) uma nota onde o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), lamenta os “transtornos” causados aos profissionais de comunicação durante a confusão ocorrida na última terça-feira (9). Segundo o texto, não houve intenção de restringir o trabalho da imprensa.

Na ocasião, após Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupar a mesa diretora em protesto, a Polícia Legislativa começou a esvaziar o plenário e retirou jornalistas, assessores e servidores. Repórteres relataram truculência dos policiais, o que motivou críticas públicas e uma representação da ABI na PGR e no Conselho de Ética contra Motta.

"O presidente da Câmara, Hugo Motta, lamenta os transtornos causados aos profissionais de comunicação e reafirma que não houve intenção de limitar o exercício da atividade jornalística. As informações apresentadas pelos jornalistas serão incorporadas à apuração em andamento a fim de identificar eventuais excessos nas providências adotadas ao longo do processo de retomada dos trabalhos", diz a nota.

A Câmara afirma que os relatos de agressões serão incorporados à apuração interna para identificar possíveis excessos. Ainda de acordo com a nota, a retirada da imprensa ocorreu por solicitação da Polícia Legislativa “para garantir a segurança dos presentes”.

O episódio também incluiu o corte da transmissão da TV Câmara. O sinal foi interrompido às 17h34, durante a ocupação da mesa por Braga. No comunicado de hoje, porém, a Câmara diz que a transmissão foi suspensa porque Hugo Motta determinou a interrupção da sessão às 17h42, diante da impossibilidade de continuidade dos trabalhos.