
Política
Água filtrada, Bíblia... Deputados baianos tentam justificar projetos esdrúxulos
Na semana passada, o Jornal da Metrópole mostrou a pouca produtividade da Assembleia Legislativa da Bahia. Enquanto a Câmara Municipal de Salvador aprova e discute projetos relevantes como o novo PDDU, que promete impulsionar o desenvolvimento econômico da cidade, a Assembleia, dirigida quase que de forma vitalícia pelo deputado Marcelo Nilo [Leia mais...]

Foto: Tácio Moreira/Metropress
Na semana passada, o Jornal da Metrópole mostrou a pouca produtividade da Assembleia Legislativa da Bahia. Enquanto a Câmara Municipal de Salvador aprova e discute projetos relevantes como o novo PDDU, que promete impulsionar o desenvolvimento econômico da cidade, a Assembleia, dirigida quase que de forma vitalícia pelo deputado Marcelo Nilo (PSL), segue o caminho oposto e se ocupa de discutir e aprovar projetos de lei esdrúxulos e tem concedido honrarias importantes a personagens nem sempre relevantes.
Entre as pérolas criadas pelos parlamentares baianos, está o projeto do deputado Bira Coroa (PT), que quer obrigar bares e restaurantes a servirem água filtrada aos clientes. Procurado pela Metrópole, o deputado tentou argumentar. “Nos Estados Unidos, na Europa, toda vez que você chega em um restaurante, primeiro você é servido com um copo de água filtrada e, normalmente, refrigerada. Isso sem um custo adicional. Você fazer a opção por uma água mineral, é um direito seu. Nós temos diversos outros projetos em tramitação nessa casa e que uns podem ser considerados mais ou menos importantes”, disse.
Outro projeto de lei bastante questionável aprovado pela Casa foi elaborada por Marcell Moraes (PV), e regulamenta a prática de futevôlei nas praias da Bahia. Mas, na opinião do deputado, a questão é de extrema importância para o cidadão. “É um projeto altamente importante. Visto que, temos aqui na Bahia, o campeão brasileiro, Lucas Souza, que também é vice-campeão mundial. Eu acho que todo esporte, principalmente o que vem crescendo muito, e que temos o campeão brasileiro na nossa terra, temos que incentivar”, disse Marcell.
Achou que a cota de criatividade da Assembleia estava completa? Calma que tem mais. De autoria do deputado Sargento Isidório (PDT), o projeto que pretendia tornar a Bíblia Sagrada bem imaterial do estado foi aprovado em fevereiro desse ano. “Na verdade, ela era para ser patrimônio imaterial do mundo. Porque é o livro mais lido, é o livro que professa a fé e nós atribuímos como a palavra de Deus. Só tem coisa boa na bíblia”, disse o deputado no que pareceu em um momento de lapso de memória, o que o levou a esquecer que o estado é laico, de acordo com a Constituição Federal.
Apesar de tanta convicção por parte dos nossos nobres deputados, resta saber se você, que é eleitor, concorda com os argumentos...
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